LONDRES (Reuters) - A rainha Elizabeth, do Reino Unido, deu um forte endosso à mídia tradicional em uma mensagem a jornalistas nesta segunda-feira, dizendo que eles estão prestando um serviço público vital durante a pandemia de Covid-19.
Num momento em que jornais e canais de televisão são rotineiramente vilipendiados e acusados de produzir "notícias falsas" pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e outros líderes mundiais, a mensagem da monarca de 94 anos foi uma rara homenagem.
"A pandemia de Covid-19 demonstrou mais uma vez que importante serviço público a mídia de notícias oferece, tanto nacional quanto regionalmente", disse ela em uma mensagem aos membros da Associação de Mídia do Reino Unido.
"Como nosso mundo mudou drasticamente, é fundamental ter fontes confiáveis e seguras de informação, especialmente em uma época em que há tantas fontes competindo por nossa atenção", escreveu a rainha.
O impacto das mídias sociais na democracia, e particularmente dos fluxos colossais de desinformação que circulam entre os usuários é tema de debates acalorados e não resolvidos em vários dos principais países ocidentais, especialmente nos Estados Unidos.
Segundo a constituição não escrita do Reino Unido, o monarca geralmente não fala sobre questões políticas. A decisão da rainha de enviar uma mensagem pública de apoio à mídia sugere que ela considera o assunto incontroverso.
(Reportagem de Estelle Shirbon)
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