Assinaturas de streaming musical manterão crescimento sustentável até 2026
Segundo analistas, aumento de preços, novos planos para superfãs e expansão global impulsionam o formato digital
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O mercado de assinaturas de streaming musical continua a demonstrar força e resiliência, com projeções otimistas que se estendem até o ano de 2026.
De acordo com um relatório recente da consultoria Guggenheim, revelado pela Billboard, o setor deve manter taxas de crescimento consistentes, mesmo após uma desaceleração nos aumentos de preços e na expansão acelerada observada nos anos anteriores.
A análise, voltada para empresas públicas da indústria musical, aponta que fatores como aquisição de novos usuários, reajustes tarifários e a introdução de planos premium voltados para os chamados ‘superfãs’ serão determinantes para sustentar esse avanço.
Durante os anos de 2022 e 2023, diversas plataformas de streaming elevaram seus preços, o que contribuiu para um salto significativo nas receitas. No entanto, em 2024, esse movimento perdeu força, resultando em uma desaceleração no ritmo de crescimento. Ainda assim, os números permanecem robustos.
No segundo trimestre de 2025, por exemplo, a Warner Music e a Universal Music registraram um aumento de 8,5% nas receitas provenientes de assinaturas. Já a Sony Music, que não divulga dados específicos sobre esse segmento, apresentou um crescimento de 7,3% na receita de streaming como um todo.
A Guggenheim estima que o número de assinantes de serviços de música por streaming cresceu 11,6% no segundo trimestre de 2025, uma taxa ligeiramente inferior à média dos cinco trimestres anteriores, que variou entre 12,0% e 12,8%. Entre as plataformas com melhor desempenho estão Spotify e YouTube Music, enquanto Amazon Music, Apple Music, Tencent Music Entertainment (TME), Pandora e Deezer apresentaram crescimento abaixo da média.
Apesar da desaceleração em mercados experienciados como EUA e Reino Unido, os analistas acreditam que ainda há espaço para expansão, especialmente em regiões em desenvolvimento.
Nos EUA, o crescimento da receita por assinatura caiu de 10,6% em 2023 para 5,3% em 2024, enquanto o número de assinantes aumentou apenas 3,3%, comparado aos 5,7% do ano anterior. No Reino Unido, terceiro maior mercado de música gravada do mundo, a receita por assinatura cresceu 5,9% em 2024, abaixo dos 8,1% registrados em 2023.
Streaming: as novas estratégias das plataformas para manter crescimento sustentável
Para compensar essa desaceleração, as plataformas estão apostando em novas estratégias.
Uma delas é o lançamento de planos voltados para os ‘superfãs’, que oferecem experiências exclusivas e recursos adicionais mediante pagamento de valores mais altos.
A Tencent Music Entertainment, líder no mercado chinês, já lançou seu plano Super VIP, que acumulou 15 milhões de assinantes até junho deste ano. Esse modelo elevou a receita média por usuário (ARPU) da empresa em 9,3%, mesmo com um crescimento de apenas 6,3% no número de assinantes.
O Spotify, por sua vez, ainda está desenvolvendo sua oferta para superfãs. Segundo Alex Norström, diretor de negócios da empresa, o objetivo é criar uma experiência de alto valor, o que demanda tempo e cuidado. A expectativa é que esse tipo de plano seja lançado em 2026, contribuindo para o aumento da receita por usuário e beneficiando também os detentores de direitos autorais, como gravadoras e artistas.
Além dos planos premium, os reajustes de preços continuam a ser uma ferramenta importante para impulsionar a receita. Neste mês, o Spotify anunciou aumentos em diversos mercados, incluindo Europa, Ásia-Pacífico, África, Oriente Médio e Sul da Ásia. Esses ajustes devem refletir positivamente nos resultados do quarto trimestre e ajudar a manter o ritmo de crescimento em 2026.
Em resumo, mesmo diante de uma desaceleração natural em mercados saturados, o setor de assinaturas musicais mostra sinais claros de vitalidade. A combinação de estratégias como expansão geográfica, inovação em planos de assinatura e ajustes tarifários indica que o streaming continuará a ser uma das principais fontes de receita da indústria musical nos próximos anos e o ator principal deste ecossistema.
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