‘Borderlands’ ofusca atuações de Cate Blanchett e Jamie Lee Curtis com roteiro confuso
Franquia estreia nos cinemas com elenco de peso, mas sofre ao tentar aplicar receita de sucesso dos filmes baseados em jogos
Cine R7|Cláudia Ferreira
Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo chegou às telonas na última quinta-feira (8) seguindo a receita de sucesso dos filmes de heróis ou baseados em games, mas do jeito errado. Com roteiro de Craig Mazin, de The Last of Us (2016), e direção de Eli Roth, a obra tenta agradar os fãs que chegam cheios de expectativas de uma representação fidedigna da franquia de jogos lançada pela Gearbox Software em 2009.
Esteticamente é uma bagunça visual bem animadora, tal qual o jogo, mas com uma narrativa mal desenvolvida, que ofusca as atuações do elenco de peso formado por Cate Blanchett, Kevin Hart, Jamie Lee Curtis e Ariana Greenblatt. Nem mesmo o alívio cômico do personagem de Jack Black é capaz de salvar a trama.
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A história do jogo já trouxe por si só um grande desafio para Mazin, que não conseguiu desenvolver um roteiro que tivesse foco. Ao optar por apresentar o quinteto do filme de forma paralela, ele deixa o espectador confuso do começo ao fim.
Com plots interessantes, especialmente no protagonismo de Lillith (Cate Blanchett) e no coprotagonismo de Tiny Tina’s (Ariana Greenblatt), o filme se perde entre contar a saga da caçadora de recompensas no complexo planeta Pandora, com conflitos familiares, principalmente sobre a relação entre pais e filhos, sem qualquer desenvolvimento. A tentativa de humanizar os personagens falha ao não se entrar com profundidade na história de nenhum deles.
Uma pitada de Guardiões da Galáxia, um pouco de Star Wars e um toque final de Mad Max, é isso que Borderlands tenta trazer para a telona. De fato, explorar um universo de referências em apenas uma hora e quarenta minutos de filme é mesmo um grande desafio. Vale a ida ao cinema, mas este parece um começo desanimador para uma franquia aguardada e cheia de cultura pop.
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