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‘Robô Selvagem’ é uma aula sobre amor incondicional e gentileza em um mundo dividido

Animação, que é uma adaptação de uma série de livros, está na disputa do Oscar 2025 em três categorias

Cine R7|Larissa Yafusso

'Robô Selvagem' concorre ao Oscar em três categorias Divulgação

Em um primeiro momento, Robô Selvagem pode ser classificado como mais um filme clichê que traz animais antropomorfizados e máquinas humanoides que passam a ter sentimentos. E, de fato, a mais recente animação da DreamWorks Animation tem todos esses elementos. Mas vai além. A equipe do diretor Chris Sanders (de Como Treinar o Seu Dragão) entrega uma história sensível e belíssima sobre amor nas mais diversas camadas, formas e contextos.

A robô Roz, ou Rozzum 7134, desperta em uma ilha selvagem após um naufrágio. Lá, ela vista como inimigo, e até mesmo chamada de monstro pela fauna local, já que eles nunca tinham visto nada parecido com aquilo.

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Programada e desenvolvida para servir os humanos e completar tarefas, Roz segue a mesma lógica na natureza; ela observa a sua nova realidade para poder entender e se comunicar com os animais que a rodeiam e, assim, fazer-se útil.

A jornada da robô é solitária até a chegada da raposa Astuto e do filhote Bico-Vivo, o único sobrevivente de uma ninhada de gansos. Os três passam a se relacionar como uma família e, com o foco em completar a tarefa de deixar o pequeno ganso pronto para a época de migração da espécie, vamos acompanhando o despertar de Roz para a maternidade. E junto com ela, as dificuldades, pesos e dilemas de tal missão.


Entretanto, Robô Selvagem é mais do que uma história de amor entre mãe e filho. É também um alerta sensível sobre tolerância em meio as diferenças (especialmente nos dias atuais), sobre a dor de não pertencer a lugar algum e a posterior alegria em encontrar-se onde menos se espera; é sobre amizade e é sobre corações que falam mesmo sem dizer uma palavra.

E a profundidade dos temas é acompanhado de um visual perfeito: as cores muito vivas, o movimento dos animais e dos robôs, o farfalhar das folhagens da mata. Um espetáculo que merece ser visto na tela grande. A trilha sonora funciona muito bem, coroando os momentos mais emocionantes do longa.

Por tratar de relações humanas, Robô Selvagem é daqueles filmes que permanecerão relevantes mesmo com o passar dos anos. E exatamente por isso faz sentido ele ser um dos favoritos, ao lado de Flow, ao prêmio de Melhor Animação no Oscar 2025, que será entregue no próximo domingo (2).

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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