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Lembra da mini Scheila Carvalho? Tatiana Ruiz, ex-Mulekada, é policial militar no Paraná

Tati, que conquistou o país como a moreninha do mini Tchan nos anos 90, hoje é soldado da PM em Curitiba

Do Meu Tempo|Renato FontesOpens in new window

Tati, a eterna moreninha do grupo Mulekada, hoje é soldado da Polícia Militar no Paraná montagem Portal R7/redes sociais

Quem vê a soldado Iasmim, da Polícia Militar, pelas ruas de Curitiba (PR), talvez não imagine ou reconheça que ela foi uma das crianças mais famosas do Brasil no final dos anos 1990 e início dos anos 2000.

Tatiana Iasmim Ruiz, ou simplesmente Tati, tinha apenas seis anos quando ficou nacionalmente conhecida como a mini Scheila Carvalho do grupo infantil Mulekada.

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Tatiana Ruiz, conhecida como mini Scheila Carvalho do Mulekada, é atualmente soldada da Polícia Militar em Curitiba.
  • Aos 6 anos, Tati ganhou um concurso na TV e se tornou famosa, fazendo parte do grupo Mulekada, que tinha uma carreira de sucesso nos anos 90.
  • Após o fim do grupo, Tatiana se formou em Direito, casou-se e é mãe de duas crianças, dedicando-se à maternidade e à sua carreira militar.
  • Embora tenha uma memória afetiva de sua infância artística, Tatiana não planeja voltar à carreira artística, preferindo focar em sua família e na vida administrativa da polícia.

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Em 1999, ela venceu um concurso criado por Raul Gil, que na época comandava o Programa Raul Gil na RECORD, para escolher a moreninha que completaria o grupo inspirado no É o Tchan.

Formado também por Julyana Lee (a mini Sheila Mello) e Kleber Rammos (o Jacarezinho), o grupo Mulekada realizou shows por todo o país e até turnê internacional na África. Ao todo, foram quatro CDs, mais de 300 mil cópias vendidas e dois discos de ouro. O projeto chegou ao fim em 2003.


De lá para cá, muita coisa mudou. Hoje, aos 32 anos, além de ser policial militar, Tatiana Ruiz é formada em Direito, casada e mãe do pequeno Gabriel, de 2 anos, e da Alice, de 6.

Em entrevista ao blog Do Meu Tempo, Tati falou sobre o momento atual da carreira, a maternidade e relembrou os tempos de mini Scheila Carvalho.


O começo

“Em meados de 1999, Raul Gil já tinha duas crianças contratadas: Julyana e Jacarezinho. Foi então que teve a ideia de montar o Mini Tchan, mas ainda faltava a moreninha que representaria Scheila Carvalho.

Ele abriu um concurso que reuniu cerca de 5 mil meninas de todo o Brasil. Na época, eu participava de concursos de miss mirim, e foi nos bastidores de um deles que minha mãe soube dessa seleção. Então, ela me levou para São Paulo para fazer o teste.


Algum tempo depois, me chamaram para participar do programa. Fui passando de fase, digamos assim – me apresentava todos os domingos, até que, no final, fui escolhida como a nova moreninha do Mini Tchan. Em seguida surgiu o grupo Mulekada."

Fama e dinheiro

Na época, eu não tinha essa noção. Só depois de adulta, ao entender o que foi o grupo, percebi a real dimensão de quão grandes fomos. Quando éramos pequenos, tudo não passava de uma brincadeira, algo que gostávamos de fazer. Era pura diversão.

Financeiramente, não me deu estabilidade, mas proporcionou muitas coisas boas. Mudou minha vida pela experiência, sabe?

Tive uma infância bem diferente da de outras crianças e foi incrível. Conheci todos os estados do Brasil, viajamos para a África... tenho muitas memórias e momentos bons que vou levar para o resto da vida."

Rotina de artista

“A rotina era planejada para não prejudicar nossos estudos, mas, como éramos muito pequenos, acabava sendo bem puxada e cansativa. Durante a semana, a gente ensaiava as coreografias para os shows, gravava músicas, participava de programas de televisão e rádio. Já nos finais de semana eram viagens para fazer shows.”

Assédio dos fãs

“Não tenho uma lembrança muito clara de como era isso. Lembro que era um pouco difícil fazer alguns passeios normais, como ir ao shopping, porque as pessoas logo se aglomeravam querendo tirar fotos com a gente e tudo mais.

Mas não me recordo de ser algo ruim. Até porque, como éramos muito novos, não tínhamos noção do sucesso. Acho que isso nunca chegou a ser uma questão consciente para nós."

Momento marcante

“Sempre me lembro dos programas de televisão que fazíamos. Na época, estávamos em todos os programas de grande audiência: Eliana, Xuxa, Hebe Camargo, Silvio Santos, Gugu e, claro, no Raul Gil, na RECORD.

Lembro também das viagens, em que a gente se divertia muito. Eu vivia brincando com o Jacarezinho e correndo pelos corredores dos hotéis.

Passei por várias situações engraçadas, mas teve um show em que, durante a coreografia, meu tênis saiu do pé e voou para o público. Até hoje não sei onde ele foi parar. Fiz o show inteiro com um pé calçado e o outro descalço (risos)."

O fim da carreira artística

“Acho que não foi uma escolha direta minha. O grupo acabou e simplesmente não tínhamos mais a rotina de shows.

Depois disso, ainda fiz alguns trabalhos com o Jacarezinho e segui em carreira solo, mas acabei me encontrando mesmo nas artes cênicas.

Fiz alguns anos de teatro e sapateado, protagonizei peças e participei de uma minissérie. Foi muito legal, uma das experiências mais incríveis que já tive.

Mas, por questões de saúde e financeiras, minha mãe achou melhor voltarmos para Curitiba. Esse foi um dos momentos mais difíceis para mim, porque eu não queria ir embora.

Mas acredito que tudo tem um propósito e, aos poucos, as coisas foram se ajeitando. Depois que voltei, me dediquei à vida acadêmica e não atuei mais na área artística."

Saudade dos palcos?

“Não sinto falta dos palcos, mas lembro com muito carinho dos shows e daquela sensação única de subir ao palco e ter milhares de pessoas esperando para nos ver, do carinho e amor dos fãs que ainda recebo até hoje. Isso é inesquecível. Mas, de fato, segui outro caminho, bem distante da carreira artística, e pretendo fazer muitas outras coisas ainda.”

O início da carreira militar

“Na verdade, na época em que passei no concurso, eu estava estudando para outra prova, mas acabou dando certo e fui aprovada em todas as fases, até tomar posse. Já estou há oito anos na carreira militar.

Como trabalho na área administrativa, minha rotina é um pouco mais tranquila, mas sei que essa não é a realidade de muitos policiais que estão nas ruas. É um trabalho muito difícil e que exige muito.”

Reação dos colegas de farda

“A maioria já sabe, mas sempre que chega alguém novo é uma surpresa (risos). Na verdade, acho muito legal, porque as pessoas ficam sem acreditar que sou eu mesma. Mas levo isso de forma muito tranquila.

Tenho muito orgulho de falar do Mulekada e de tudo o que vivi no grupo. Foi uma experiência incrível, e sempre tento lembrar só das coisas boas. É muito legal quando alguém comenta que me via na televisão ou que era meu fã (risos).”

Foco na família

“Meus filhos são a minha vida. É para eles que dedico mais de 100% da minha disposição e sanidade mental (risos). A maternidade é minha maior realização, mas também o meu maior desafio.

É muito difícil em diversos aspectos; eles ainda são pequenos e precisam muito de mim, então é nisso que estou concentrando todas as minhas energias. A rotina é puxada, e estou muito cansada todos os dias, mas faz parte e é muito gratificante ver as pessoas que eles estão se tornando.”

Filhos na carreira artística?

“Eles têm uma energia um pouco artística, sabe? São super engraçados e amam dançar, bem parecidos comigo nesse aspecto. Mas não é algo que eu pretendo impor ou idealizar que eles sigam o mesmo caminho. Se for da vontade deles, sempre vou apoiar e ajudar no que for preciso. Mas, se quiserem seguir outra carreira, para mim também está tudo bem.”

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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