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Estante da Vivi

A semana em que Moraes perdeu os R$ 5.000 do Jabuti com boa obra sobre desinformação

Quem levou foi a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, com o livro ‘Imagens da Branquitude: a Presença da Ausência’

Estante da Vivi|Vivian MasuttiOpens in new window

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O Prêmio Jabuti Acadêmico premiou a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz esta semana.
  • Alexandre de Moraes também era concorrente com a sua obra sobre desinformação nas redes sociais.
  • Lilia ganhou com o livro 'Imagens da Branquitude: A Presença da Ausência'.
  • O prêmio, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, destaca obras científicas em várias categorias.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lilia Moritz Schwarcz e Alexandre de Moraes disputaram o Prêmio Jabuti Acadêmico Montagem - Divulgação e Wilton Junior - 5.8.2025/Estadão Conteúdo

Em meio ao início do tarifaço de Donald Trump e da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, pouco se falou nesta semana na premiação do Prêmio Jabuti Acadêmico, que ocorreu na terça-feira (5), no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e congratulou a antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz.

Alexandre de Moraes também concorria na categoria, com obra sobre desinformação nas redes sociais, mas não deu para ele.

Foi mais mérito da cofundadora da Companhia das Letras do que demérito do ministro do Supremo, claro.

Lilia venceu com o livro Imagens da Branquitude: a Presença da Ausência, lançado no ano passado — uma leitura crítica de imagens que ajudaram a construir a ideia de branquitude no Brasil.


“Esse é um livro de vida, resultado de um curso de mais de 20 anos na USP chamado ‘Lendo imagens’. A partir dele e do diálogo com os alunos, fui descolonizando meu olhar e fazendo meu próprio letramento racial com imagens”, disse Lilia.

“Esse é também um livro que revela meu aprendizado a partir da vasta e competente bibliografia sobre o tema da branquitude. A partir dai interseccionei as imagens com a bibliografia.”


Livro de Moraes é atual e necessário

Professor titular de direito eleitoral da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde se graduou em 1990 e se tornou doutor em direito de Estado em 2000, Moraes concorreu com o livro Democracia e Redes Sociais: o Desafio de Combater o Populismo Digital, da editora Atlas.

A obra tem 352 páginas e é vendida pela bagatela de R$ 199 — em promoção online, sai por R$ 167,16.


Nela, Moraes fala da instrumentalização das redes sociais e da atuação das “milícias digitais” — tratadas como instrumento de “corrosão da democracia” no contexto da comunicação entre os eleitores e seus representantes.

Na análise, o ministro detalha como o que chama de “populismo digital extremista” tem se aproveitado das redes sociais e dos serviços de mensagens privadas para corroer os pilares da democracia.

Moraes cita ainda a necessidade de uma reflexão sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais, especialmente nos períodos eleitorais.

Por fim, o ministro dá ênfase à atuação da Justiça Eleitoral no combate à desinformação e aos discursos de ódio e antidemocráticos — o que ganha relevância ainda maior às vésperas das eleições presidenciais de 2026.

Democracia e Redes Sociais tem apresentação do ex-presidente Michel Temer e prefácio de Celso de Mello, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.

Jabuti Acadêmico

Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Prêmio Jabuti Acadêmico contempla obras científicas em categorias, como artes, economia, direito e filosofia. A primeira edição foi realizada no ano passado.

Os vencedores ganham R$ 5.000.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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