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Estante da Vivi

Como Clarice Lispector virou ícone do coração machucado da geração Z meio século após sua morte

Diva pop, morta em decorrência de um câncer de ovário, foi redescoberta e entrou no hype dos novinhos

Estante da Vivi|Vivian MasuttiOpens in new window

Clarice Lispector e o hype da sensibilidade aflorada Divulgação/Acervo Clarice Lispector

A escritora Clarice Lispector (1920-1977), que teria 104 anos caso estivesse viva, tem pensamentos que parecem nunca sair de moda. Tanto que virou símbolo da melancolia da geração Z — que tem sua sensibilidade aflorada por pitadas de drama e um certo existencialismo dissecado dos millennials.

Embora muitas citações que circulam pela internet, vide o boom no Tik Tok, não pertençam de verdade à autora, Clarice teve duas de suas obras entre os títulos mais vendido da Bienal do Rio agora de junho: A Hora da Estrela e Água Viva (1973), ambas publicadas pela Rocco.

A primeira é mais pop e costuma figurar nas listas de leitura obrigatória para vestibular. Já a segunda surpreende por ser justamente uma das mais herméticas: trata do processo criativo da autora ao pôr uma protagonista entre a fluidez do agora e o seu lugar no espaço.

Um poema em prosa, um romance sem romance.


Recentemente, Clarice foi ainda citada pela cantora Olivia Rodrigo, embasbacada com a história de Macabéa (“quis grifar tudo”, disse), e pela artista neozelandesa Lorde, que diz ter se inspirado na escritora para compor seu último disco, Virgin.

“Quis ler mulheres autoras que tivessem aquele tipo de intensidade, sem remorso, fisicalidade e estranheza“, disse.


A autora inspirou ainda um clipe de Luíza Sonza, além de ter seu rosto tatuado no braço do rapper Filipe Ret, grande fã da sua literatura.

Cada vez mais presente no imaginário pop, Clarice virou hype: suas frases doloridas e a confusão do seu fluxo de consciência atingiram em cheio o coração machucado sem causa da geração Z.

Veja vídeo:

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