Globo demite repórter cinematográfico após denúncia de caso de assédio
Flavio Ricco|Do R7 e Flavio Ricco
Os Jogos Olímpicos nem tiveram início e a TV Globo já tem seu primeiro desfalque na cobertura. Em Tóquio, os profissionais de imprensa estão com seus passos monitorados pelas autoridades devido a pandemia, não podem sair do hotel para passeios e conhecer a cidade normalmente, como é feito em grandes coberturas.
Com isso, a Globo já teve um problema considerado muito sério. Uma festa organizada no quarto de um integrante da equipe, que tinha o objetivo de relaxar e integrar os colegas de emissora, não terminou nada bem.
Duas produtoras entraram em contato com a chefia, em São Paulo, reclamando da postura de um cinegrafista, acusando o profissional até mesmo de assédio. Correndo para abafar o caso, a chefia trouxe de volta para o Brasil o repórter cinematográfico e antes mesmo de ele ir para a emissora, foi comunicado, via Teams, que estava demitido.
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Na demissão, a chefia não comentou o motivo, mas faz questão de deixar claro que Mikael Fox, com mais de 14 anos de casa, não faz mais parte da equipe e pede que o fato seja rapidamente superado por todos. Mikael viajou para o Japão e só voltaria quando acabasse os Jogos. Foi trazido de volta, às pressas, para o Brasil e antes mesmo de pisar na emissora foi desligado.
Procurada, a assessoria da Globo confirmou o desligamento do profissional e enviou a seguinte resposta à coluna:
"Por decisão da Globo, que não foi tomada por nenhum profissional do time que está em Tóquio, o repórter cinematográfico Mikael Fox não faz mais parte do time de Esporte da empresa. Sobre os questionamentos de compliance, a Globo não comenta assuntos de Ouvidoria, mas reafirma que todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes."
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