Petrônio Gontijo fala sobre Gênesis, 30 anos de TV e novos projetos
Flavio Ricco|Do R7 e Flavio Ricco
Petrônio Gontijo está comemorando 30 anos de televisão.
Estreou em “Salomé, na Globo, em 1991, fazendo o personagem Duda. De lá, até agora, foram várias produções. Só na Record, “Gênesis” já é o seu 13º trabalho.
Petrônio vai dividir com Miguel Coelho, o protagonista da sexta fase da novela, Jacó, que estreia neste começo de semana.
Em conversa com a coluna, ele fala sobre a sua preparação, os desafios de gravar na pandemia, os 30 anos de TV e os novos projetos. Acompanhe:
Como foi seu processo de preparação para viver Jacó na sexta e sétima fases de “Gênesis”?
PG - Muita leitura e exercícios me possibilitaram uma preparação comportamental intensa junto aos outros atores e especialmente com o Miguel Coelho (Jacó/primeira fase) e o Juliano Laham (protagonista de ‘José do Egito’). Trabalhamos buscando viver nossos personagens no dia a dia da época, compreendendo o que representavam no contexto social de quatro mil anos atrás. Isso, associado à composição física de um personagem que está manco e em estado de envelhecimento, tem me orientado desde o começo.
É diferente gravar uma produção com tantos capítulos já exibidos?
PG - É sim. Já existirá um personagem que estará muito tempo no ar ao qual devo fazer a transição. Isso é uma novidade pra mim. O que acontece com alguém após 15 anos, num salto de tempo? Essa é a ideia que busco trabalhar. Devo apresentar características que o Miguel Coelho está trabalhando e também acrescentar as minhas, devido à elipse de tempo transcorrida entre as duas participações.
Você vai pegar uma produção diferente do que está acostumado, com vários protocolos de saúde por causa da Covid-19. Como vê essa nova situação na dramaturgia?
PG - É uma nova situação pra todos e estamos aprendendo a lidar com isso. Faço exames PCR semanalmente, estou praticamente isolado, fora das gravações, em um hotel e uso protetor facial pra ensaiar todas as cenas. Por morar em São Paulo, diminuí consideravelmente o número de voos que pego. Paramos duas vezes, quando foi necessário. A maior dificuldade, pra mim, é a parte de estar ensaiando com protetor facial. Exige disciplina e concentração dobradas.
Mesmo assim, é um privilégio estar trabalhando, nesse momento.
Desde quando você passou a se envolver com a novela?
PG- Comecei gravar há 2 meses e iniciei as preparações no final do ano passado.
Qual o grande desafio para este novo personagem e trabalho na Record?
PG - A transição do personagem e a diferenciação dos outros dois personagens bíblicos que fiz na casa (‘Os Dez Mandamentos’ e ‘Jesus’), por serem, os três, pais de família e homens procurando intenso progresso em suas condições espirituais.
Você está comemorando 30 anos de TV. Qual a sensação? Há muito ainda a conquistar?
PG - Muito. Só penso no que virá. O trabalho está ligado intimamente à minha vida, sempre foi assim. Tive a chance de não parar de trabalhar nesses 30 anos. São 20 novelas, 25 peças de teatro e alguns filmes.
Há 30 anos estreava ‘Salomé’(Globo, 1991), meu primeiro trabalho profissional, pós-Unicamp. Eu olho pra minha história e gosto do que vejo: estava inteiro ali, em cada coisa. Isso me agrada e assim vou seguindo. Há muito que fazer, principalmente, experimentar, porque cada personagem é uma novidade completa, é um marco zero de novo.
Paralelamente à novela Gênesis, como estão seus demais projetos, para o teatro, cinema, streaming?
PG - Ano que vem pretendo voltar ao teatro. Vou montar ‘Entre Quatro Paredes’, do Jean Paul Sartre, com uma turma dos sonhos: Lavínia Pannunzio, Vera Zimmermann e Elias Andreato.
Vou estrear também o filme ‘Broto Legal’, que conta a história de Celly Campello e tem direção de Luiz Aberto Pereira.
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