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Arlindo Cruz: adeus ao mestre do samba

Sambista, compositor e instrumentista, Arlindo Cruz parte aos 66 anos, deixando um legado de mais de 500 músicas, prêmios e a marca eterna de sua voz e cavaquinho na história da música brasileira.

Musikorama|Rodrigo d’SalesOpens in new window

O adeus de Arlindo Cruz, um dos mais célebres mestres do samba Foto: Marcos Hermes

Hoje, 8 de agosto de 2025, faleceu no Rio de Janeiro o cantor, compositor e instrumentista Arlindo Cruz, aos 66 anos, devido a complicações de uma pneumonia agravada por infecção bacteriana resistente. O artista estava internado desde março e já convivia com sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido em 2017. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. Ícone respeitado, Arlindo parte deixando um legado artístico imensurável e saudade profunda entre fãs, amigos e colegas de samba.

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Arlindo Cruz faleceu aos 66 anos, após complicações de pneumonia e infecção bacteriana.
  • O cantor enfrentou problemas de saúde desde 2017, quando sofreu um AVC hemorrágico.
  • Deixou um legado de mais de 500 composições e contribuiu significativamente para o samba e o pagode.
  • Arlindo será lembrado por sua voz marcante e sua influência na nova geração de artistas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Causas da morte e últimos dias

Arlindo Cruz vinha enfrentando problemas de saúde desde o AVC hemorrágico em 2017, que o afastou dos palcos. Nos últimos meses, esteve internado no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, para tratar pneumonia. Seu estado se agravou por conta de uma infecção por bactéria resistente. Após mais de três meses de luta na UTI, ele não resistiu, partindo cercado de amor e recebendo todos os cuidados médicos possíveis. Sua morte encerra uma batalha de oito anos pela vida, marcada por força e dignidade.

Zeca Pagodinho lamenta morte de seu amigo de longa data: 'Meu compadre, meu parceiro, meu amigo' Reprodução

Trajetória e principais momentos

Nascido em Madureira em 1958, Arlindo Cruz começou no cavaquinho aos seis anos e se formou nas rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de mestres como Candeia e Zeca Pagodinho. Em 1983, assumiu a vaga de Jorge Aragão no Fundo de Quintal, onde permaneceu por 12 anos e ajudou a consolidar clássicos do samba e do pagode.

Na carreira solo, brilhou com discos e parcerias memoráveis — especialmente com Sombrinha — e emplacou sucessos como “O Show Tem Que Continuar”, “Meu Lugar” e “Bagaço da Laranja”. Autor de mais de 500 composições, também escreveu para Beth Carvalho, Maria Rita e diversos sambistas. Foi presença marcante no Carnaval carioca, vencendo 19 sambas-enredo, e acumulou prêmios como o Prêmio da Música Brasileira, quatro Estandartes de Ouro e cinco indicações ao Grammy Latino.


Versátil, transitou entre a tradição do samba de raiz e a linguagem popular, aproximando-se de novas gerações e mantendo-se como um dos grandes pilares do gênero.

Meu compadre, meu parceiro, meu amigo. Sofreu muito e agora merece descansar um pouco. Vá com Deus, meu compadre.

(Zeca Pagodinho)

Mais do que números e troféus, Arlindo Cruz ajudou a redefinir os rumos do samba nas últimas décadas, servindo de ponte entre os veteranos do “partido-alto” e as novas gerações do pagode e do samba contemporâneo. Sua música reverenciava a tradição e, ao mesmo tempo, falava uma língua que conquistava públicos de todas as idades.


Sua obra permanece presente em cada roda de samba, nos palcos, nas escolas de samba e nas vozes que continuam a interpretar seus versos. Seu legado também segue através de Arlindinho, que leva adiante o talento do pai, e de tantos jovens influenciados por sua trajetória.

Arlindo Cruz morreu aos 66 anos nesta sexta-feira (8) Reprodução

A voz mansa entoando “O show tem que continuar” ganha agora contornos de eternidade. Fica a gratidão por sua arte e seu sorriso generoso, que inspiraram amor ao samba em milhões de corações. O show de Arlindo continua em cada palmo de terra onde um samba é batucado, em cada novo artista que ele inspirou e nas memórias afetuosas de todos que foram tocados por sua música. Descanse em paz, mestre Arlindo, permanecerá para sempre entrelaçado à alma da música brasileira.


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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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