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Fake Number retorna após 11 anos e estreia em estádio na I Wanna Be Tour

O reencontro histórico acontece em agosto, no festival I Wanna Be Tour, e terá Fall Out Boy, Good Charlotte e outras atrações de peso

Musikorama|Rodrigo d’SalesOpens in new window

O reencontro da Fake Number já desponta como um dos momentos mais marcantes do emo nacional. Após mais de dez anos longe dos palcos, a banda escolheu se reunir no I Wanna Be Tour, festival que recoloca o gênero sob os holofotes, trazendo nomes de peso como Fall Out Boy, Good Charlotte e Fresno. Para entender o que motivou esse reencontro e como a banda enxerga esse novo ciclo, conversamos com os integrantes sobre memórias, expectativas e o legado que permanece vivo com os fãs.

Ok, estamos prontos para poder voltar para os palcos.

(Electra)

MSKRM: O que motivou vocês a se reunirem após mais de 10 anos?


FN: A galera pedindo. As mensagens que recebíamos eram sempre de muito carinho, muito amor, muita saudade. As pessoas paravam na rua e falavam: “Poxa, faz um show”, “volta”, “quando eu era mais novo, eu escutava muito vocês”, e sempre teve esse carinho super bonito. A gente acabou muito abruptamente, e deixou essa saudade nas pessoas. E que bom que deixou essa saudade, e aí, depois de tanto tempo, a gente falou: “Ok, estamos prontos para poder voltar para os palcos”.

MSKRM: De onde veio o convite para vocês voltarem e ainda fazer um show de estádio, em um evento tão importante quanto a I Wanna Be Tour?


FN: Sempre tivemos essa vontade de fazer um show de despedida, até porque a gente não teve uma despedida na época. E aí estávamos com uma super saudade de tocar juntos, de nos vermos e tal. E aí o Mark foi atrás da Electra durante a pandemia e começou a xavecá-la para esse reencontro.

MSKRM: O que vocês têm feito durante esse tempo?


FN: Electra seguiu como fotógrafa e filmmaker e foi viver em Lisboa, o Tonny continua nos palcos, em turnê, mas não como instrumentista. O André virou técnico de futebol. Cada um foi fazer uma coisa.

MSKRM: E como foi se reencontrarem depois de 11 anos?

FN: Ficamos maluco, mano, muito doido mesmo. Foi doido. Acho que ninguém aqui esperava isso assim, depois de tanto tempo. Realmente foi bem inédito. Ver a gente, todo mundo junto, numa energia muito boa, assim, uma conexão legal. Tá sendo incrível.

MSKRM: Além do festival, tem algo mais que a gente possa esperar desse revival?

FN: Então, a gente ainda está conversando sobre isso, tentando entender as possibilidades. Em relação ao festival, é muito louco, porque nem no ápice da banda a gente tocou em um estádio, então, pra gente, do nada assim, depois de 11 anos, estar tocando em um estádio, está sendo muito f***, muito f*** mesmo.

MSKRM: Vendo a reação do público sobre a reunião da banda, me pergunto se vocês tinham essa percepção do legado que vocês deixaram?

FN: Quando encerramos, o Spotify ainda estava começando as atividades, então nem prestamos muita atenção em como estava o perfil da banda nas plataformas. Quando o Mark foi conversar com a Electra, ela entrou lá para ver, e tinha tipo, 40 mil ouvintes mensais para uma banda que já tinha acabado há uma década. O primeiro vídeo anunciando bateu 100k de visualizações em menos de 24 horas. Foi um choque.

MSKRM: Toda essa atmosfera, em algum momento, acende uma chama em vocês de soltar algum conteúdo inédito para os fãs?

FN: A gente ainda não pensa em fazer nada inédito, nada novo, porque a gente tem muita música incrível para trabalhar dos álbuns da Fake Number, que as pessoas dizem sentir saudades e pedem para rever ao vivo. Estamos analisando, pensando sobre mais shows, por fora do “I Wanna Be Tour”. A Electra mora em Lisboa, então fica uma coisa difícil de se definir tão rápido, mas juramos, pessoal, estamos fazendo de tudo para todos nós conseguir estar juntos para shows solo da Fake Number.

MSKRM: Como é para vocês revisitar músicas criadas na adolescência, agora olhando para elas com a maturidade e a experiência de vida que têm hoje?

FN: É engraçado. É uma conversa consigo mesma, a gente para pra pensar: “Caraca, como as nossas músicas eram maduras naquela época, a gente ainda não tinha vivido nada”. Tem músicas que estão no primeiro álbum que a Electra escreveu com 12 ou 13 anos. Parece ser de outra vida, porque eu não lembro de ter escrito aquilo com 12, 13 anos [risos. E nas músicas, as guitarras, bateria, etc., têm muitas partes ali muito maduras. Todos passamos a perceber isso. Quando a gente começou a tirar as músicas, estudá-las em casa, fomos notando “nossa, aquela letra é muito boa”, “o play dessa batera, eu não sinto que é uma bateria de um menino de 17, 19 anos..”.

Nem em nossos sonhos a gente imaginava que, ainda mais depois de termos parado, tocaríamos com essas bandas. Então vai ser um dia muito especial pra gente, para ser guardado no coração, com toda certeza.

(Electra)

MSKRM: Como será a formação no show? Todos os integrantes que passaram pela banda vão participar?

FN: Não são exatamente todos os integrantes que passaram pela banda, foram muitos, mas são todas as principais formações, que duraram mais tempo, as mais marcantes. Então vai todo mundo tocar todas as músicas e a gente vai se divertir muito, juntos, com certeza. A nossa ideia era que todo mundo pudesse matar a saudade. A gente sabe o quanto cada uma das formações foi importantes e que tem gente que gosta mais de uma do que a outra. Então fez sentido chamar todo mundo para fazer a reunião.

MSKRM: E a solução técnica? Vai ter duas baterias? Revezamento?

FN: A gente chegou no consenso de que vamos montar um set de percussão e o Tony e o André vão revezar na bateria. A primeira metade do show um faz na bateria e o outro faz a percussão, depois a gente inverte. O Tony segue, quando estiver na percussão, vai fazer até um sintetizadorzinho em algumas músicas.

MSKRM: E o peso dessa responsabilidade? Reunião da banda após uma década, tocar em estádio, abrir a I Wanna Be Tour, ainda dividir palco com Fall Out Boy, Yellowcard, Good Charlotte...

FN: Está sendo muito incrível. Eram bandas que a gente escutava durante o período de atividade da Fake Number. Nem em nossos sonhos a gente imaginava que, ainda mais depois de termos parado, tocaríamos com essas bandas. Então vai ser um dia muito especial pra gente, para ser guardado no coração, com toda certeza. É uma responsabilidade abrir, mas a gente sabe que a gente consegue e que dará tudo certo.

A volta da Fake Number marca um dos reencontros mais aguardados do emo nacional Mavinho Acoroni

O retorno da Fake Number acontece em um tempo em que o emo, assim como o rock em geral, voltam a pulsar forte, ocupando novamente grandes arenas e reacendendo histórias que marcaram uma geração. A I Wanna Be Tour será palco desse reencontro, onde canções que acompanharam adolescentes em seus quartos agora ecoam diante de um estádio inteiro.

Na trajetória de Mark Acoroni, baixista da banda, esse momento ganha também um outro olhar. Criado no extremo leste de São Paulo, ele acreditou desde cedo no sonho da música, carregando amplificadores em ônibus pela cidade, até conseguir gravar em uma grande gravadora e viver aquilo que parecia antes inalcançável. Hoje, com família formada e filhos criados, ele retorna ao palco com a Fake Number para realizar mais um sonho: tocar em um estádio de futebol.

Quando Mark empunhar seu contrabaixo naquele palco, não estará apenas celebrando a própria história — estará representando toda uma geração de jovens da periferia que viu na música um caminho, um refúgio e uma bandeira. Testemunharemos o legado de um movimento que tanto ajudou a construir.

A Fake Number se apresentará nos dias 23 de Agosto em Curitiba, no Pedreira Paulo Leminski, o maior palco a céu aberto da América Latina, e no dia 30 de Agosto em São Paulo, no estádio Allianz Parque.

Mark Acoroni retomou contato com Elektra na pandemia e deu início ao reencontro da Fake Number Luiz Santos

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