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Titãs repete em São Paulo o melhor show do ano e diz adeus a seus fãs, que querem mais

Banda fez a última apresentação da turnê Encontro, que reuniu todos os integrantes originais

Odair Braz Jr|Do R7


Branco Mello (à esq.) e Paulo Miklos cantaram várias músicas na noite deste sábado
Branco Mello (à esq.) e Paulo Miklos cantaram várias músicas na noite deste sábado

Titãs foi um verdadeiro fenômeno em 2023 e lotou estádios em vários estados brasileiros, fora apresentações em Nova York e Lisboa. Definitivamente, não foi pouca coisa e é realmente um feito histórico que mudou a banda paulistana de patamar.

Esta turnê de reencontro dos integrantes — lembrando que a banda nunca deixou de existir, mas contava com apenas três membros originais nos últimos anos — coloca o Titãs como o maior grupo brasileiro de todos os tempos. É verdade que a gente não sabe como estaria hoje o Legião Urbana, considerado por muitos como a principal banda nacional durante décadas. Só que o Titãs, com esta turnê, simplesmente reescreveu a história.

E na noite deste sábado (23), no estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, o grupo, formado por Branco Mello, Nando Reis, Paulo Miklos, Charles Gavin, Sérgio Britto, Arnaldo Antunes e Tony Bellotto, encerrou a turnê Encontro — que ganhou o termo “Pra Dizer Adeus” — com três apresentações seguidas lotadas. A banda já havia feito outros três shows no mesmo estádio em junho, também com todos os ingressos vendidos.

A estrutura do show é a mesma e conta com um palco muito bem desenhado, com telões gigantescos de alta definição que exibem vídeos e imagens ao vivo da banda. É um dos palcos mais bonitos já feitos no Brasil, simples, arrojado e completamente funcional, que dá espaço e destaque aos oito músicos (o guitarrista/produtor Liminha também participa).

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O show teve início às 20h40 com Diversão, que abriu todos os shows da turnê. A música, cantada por Paulo Miklos, dá o tom da festa, que já começou com som pesado e segue com Lugar Nenhum e Desordem. É um início de show avassalador com três hits potentes que colocam as quase 50 mil pessoas no estádio para cantar junto.

Sérgio Britto mostra toda a energia do Titãs no palco no estádio do Palmeiras neste sábado (23)
Sérgio Britto mostra toda a energia do Titãs no palco no estádio do Palmeiras neste sábado (23)

É impressionante notar, ao longo do show, a quantidade de hits que a banda possui. Ao todo foram 32 músicas e talvez uma ou duas não tenham sido sucessos esmagadores. É algo bem raro de acontecer, vamos combinar.

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A sequência de sucessos segue com Tô Cansado, Igreja, Homem Primata e por aí afora com os vários vocalistas se revezando e fazendo a alegria dos fãs. Quando Branco Mello vai à frente do palco para cantar sua primeira da noite, Tô Cansado, novamente emociona o público com sua voz modificada após enfrentar um tumor na garganta há alguns anos. É impressionante vê-lo em ação após o grave problema de saúde e dá para ver sua felicidade de estar ali com seus companheiros.

Embora a estrutura da apresentação seja a mesma, o Titãs incluiu alguns bônus nestes três últimos shows da turnê. Então, eles tocam Nem Sempre se Pode Ser Deus, Será que É Isso que Eu Necessito?, Querem o Meu Sangue, Domingo e O Quê. São hits que ficaram de fora do restante da turnê e de que, de fato, os fãs sentiam falta. Problema corrigido com louvor.

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A apresentação segue como sempre, com o set acústico que inclui a participação de Alice Fromer — filha de Marcelo Fromer, guitarrista da banda que morreu em 2001 — cantando Toda Cor e Não Vou me Adaptar.

Após o momento de calmaria, voltam as pedradas com Família, Domingo, Flores, Televisão, Porrada, Polícia, AA UU e Bichos Escrotos. Todas emendadas, uma atrás da outra, sem intervalo, sem falatório, sem firula. E tudo regado com ótimos vídeos nos megatelões e imagens da banda mandando ver. 

Os fãs também dão um showzinho à parte, cantando tudo de ponta a ponta, acendendo a lanterna dos celulares e batendo palmas o tempo todo.

O Titãs volta para o bis e toca Miséria, Marvin e encerra a noite com seu primeiro sucesso, Sonífera Ilha.

Branco Mello, Tony Bellotto, Arnaldo Antunes e Alice Fromer no momento acústico do show
Branco Mello, Tony Bellotto, Arnaldo Antunes e Alice Fromer no momento acústico do show

A banda, ao longo do show, falou mais de uma vez que essas três apresentações no Palmeiras foram realmente as últimas desta turnê de reunião. Não haverá, com essa formação clássica, disco novo, músicas novas, nada. É meio triste ter essa comprovação, porque os shows mostram que os sete músicos têm ainda muito entrosamento e que juntos são imbatíveis. A gente até fica pensando qual será o futuro do Titãs apenas com Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto, os três integrantes que estavam levando o grupo adiante nos últimos anos. Será que eles vão querer voltar a fazer shows em lugares menores? Terão fôlego para novos discos e músicas? Vão se aposentar? Enfim, o futuro está em aberto para a agora maior banda de rock do Brasil.

P.S.: quem não viu o Titãs nesta turnê em 2023 ainda terá uma última chance, em março de 2024, quando o grupo fará um show no festival Lollapalooza, em São Paulo.

As músicas do show:

Diversão, Lugar Nenhum, Desordem, Tô Cansado, Igreja, Homem Primata, Será Que É Isso Que Eu Necessito?, Nem Sempre se Pode Ser Deus, Estado Violência, O Pulso, Comida, Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas, Nome aos Bois, Eu Não Sei Fazer Música, Cabeça Dinossauro.

Set Acústico: Epitáfio, Os Cegos do Castelo, Pra Dizer Adeus, Toda Cor, Não Vou me Adaptar.

Família, Querem o Meu Sangue, Go Back, É Preciso Saber Viver, Domingo, Flores, O Quê, Televisão, Porrada, Polícia, AAUU, Bichos Escrotos.

BIS: Miséria, Marvin, Sonífera Ilha.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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