Desfiles em SP têm muitas favoritas e promessa de aperto na apuração
De sete escolas que desfilaram no sábado (10), ao menos quatro desfilaram com chances de levar o campeonato
Ziriguidum|Thiago Calil

Palpite é palpite, apuração é apuração. Mas como não sou jurado, me permito ficar nas minhas observações sobre os desfiles. Logo de cara, adianto minha opinião: a briga promete ser boa na terça-feira (13) para saber quem é a campeã do Carnaval paulistano.
A primeira noite de apresentações foi de belos desfiles, algumas surpresas e muitos erros de uma forma geral. No “data arquibancada”, nos sites especializados e nas redes sociais, Tatuapé e Tom Maior foram as melhores da noite. Mas não me surpreenderia em ver a Mancha Verde entrando nessa briga na hora das notas.

O segundo dia de Grupo Especial foi mais quente. Houve problemas, alguns perceptíveis, outros nem tanto. Mas também teve muita pedrada. A X-9, por exemplo, pode não ser o melhor acabamento da noite, mas teve um dos sambas que mais funcionaram na avenida. Império veio com tudo, fez um desfile grandioso. As alegorias foram pensadas de forma tão detalhada que poderiam entrar de marcha ré na avenida que ninguém notaria.
A Mocidade Alegre emocionou com Alcione, assim como a Vai-Vai fez com Gilberto Gil. Gaviões também teve uma plástica muito interessante para contar uma lenda indígena.

Já a Dragões uniu a competência de sempre a um samba maravilhoso. Fez desfile com cara de campeã. E fechando a noite, a Vila Maria, que, desconsiderando as muitas falhas, incluindo o problema com a porta-bandeira, teve fantasias e alegorias bastante interessantes.
Se for para apostar nas mais fortes do sábado, diria Mocidade, Império, Vai-Vai e Dragões. Mas não me pede para deixar essa lista só com dois nomes porque não seria capaz de dizer.
É evidente que podemos ter muita surpresa na hora das notas, aquele olhar que só jurado mesmo tem. Mas o bolo para apontar uma favorita ao campeonato de 2018 só reforça a fala de o quanto o Carnaval de São Paulo cresceu, está organizado e competitivo. É para encher de orgulho os nossos corações sambísticos.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.