Lobo-guará: saiba curiosidades do animal que está em risco de extinção
Especialistas comentam que um dos maiores canídeos da América do Sul tem visão noturna e é um excelente caçador
RPet|André Barbeiro*, do R7
O Dia Nacional do Lobo-Guará é comemorado na próxima quinta-feira (12) e foi criado com o objetivo de sensibilizar a comunidade sobre a conservação do animal e do cerrado, bioma onde vive. Essa espécie está em risco de extinção, por conta da destruição que o seu hábitat natural tem sofrido. O bicho, apesar do nome e da semelhança, nada tem a ver com lobos ou raposas, ele é da família Canidae (canídeos), a mesma dos cachorros, dos quais apenas se diferenciam no gênero, em que estão classificados como Chysocyon, e os cães como Cannis.
Vitor Filiputti, professor, biólogo e administrador do canal Pido Biologia, explica as razões para a espécie estar sofrendo queda no número de espécimes. "Os principais fatores do risco de extinção são a destruição do cerrado, seu hábitat natural, por conta da expansão da agricultura, a caça, atropelamentos em rodovias que cortam áreas de cerrado e doenças trazidas pelo contato com animais domésticos."
O especialista em ciências da natureza e também biólogo Lucas Jaques de Oliveira conta que esses animais, que são os maiores canídeos da América do Sul e têm mais de 1 metro de altura e podem pesar 30 kg, têm uma dieta diversa.
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"Eles têm preferência por se alimentar de pequenos mamíferos, aves, insetos, mas também podem comer frutas e vegetações", fala.
O professor comenta também que esses bichos são chamados de "lobos-de-crina", devido a sua pelagem do pescoço, que lembra a crina de um cavalo. "Além disso, eles também nascem com pelagem preta, que vai escurecendo aos poucos", comenta Filiputti.
Ele também afirma que os lobos-guará não são agressivos com seres humanos. "Inclusive, eles costumam fugir de nós."
"Eles têm uma visão noturna maravilhosa, o que os torna excelentes caçadores, e, como são predadores de topo, são importantíssimos para o ambiente em que vivem", detalha Oliveira sobre a participação do animal no ambiente onde vive.
O especialista, por fim, lembra que o lobo-guará ocupa um território grande para se alimentar, o que, para ele, é "um dos motivos de estarem em risco de extinção, visto que há uma perda considerável de território".
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*Sob a supervisão de Camila Juliotti