Quer adotar um pet em 2024? Especialistas dão dicas para ser um tutor consciente
Pensar nos gastos e na ambientação correta para o animal são alguns dos conselhos que as veterinárias elencam
RPet|André Barbeiro*, do R7
Os pets conquistaram o coração das pessoas há muito tempo. Com o apoio da internet, por exemplo, campanhas de conscientização sobre adoção responsável ganharam espaço. Eles, que se tornaram um elemento essencial para muitas casas ao redor do mundo, passaram a ser cada vez mais protegidos e cuidados. Para ajudar nessa causa, o RPet separou algumas dicas para todos que gostariam de ser tutor de um animal doméstico em 2024.
O primeiro passo para tomar essa decisão, segundo Alessandra Benedetti, veterinária especialista em felinos da ONG AMPARA Animal, é entender se existe disponibilidade financeira. Para ela, o principal conselho é fazer as contas e ter certeza de que é possível arcar com os gastos. Além disso, a profissional destaca a importância de a família estar ciente e de acordo com o novo membro da casa.
Telma Rocha Tavares, veterinária da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap), da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, reforça a dica da colega e lembra a importância de levar o pet ao veterinário regularmente. "No mínimo, uma vez por ano para atualizar as vacinas e sempre que o animal estiver mal por algum motivo."
Ter tempo para o animal
As especialistas comentam que é imprescindível que o tutor tenha disponibilidade para ficar com o animal. "Às vezes, temos pouco tempo, mas isso pode ser ajustado para alguma espécie ou idade de animal", explica Telma.
Segundo ela, essa flexibilidade é relativa. "Um animal jovem é ativo; ele precisa de interação mais frequente com as pessoas. Já um bicho mais idoso, embora precise da relação, consegue ficar um pouco mais sozinho."
Local e planos
Quando o pet é um cachorro, é sempre recomendado que a área de alimentação fique longe do lugar de fazer as necessidades. Já no caso dos gatos, são necessárias outras adaptações na casa, levando em conta que eles têm necessidades verticais.
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"Precisa haver locais onde possam subir, escalar e se sentir seguros", diz Alessandra sobre deixar o ambiente "gatificado".
Fabiana Xavier, diretora de relacionamento da ONG Amigo Não se Compra, explica que antes de decidir adotar, é importante pensar em mudanças. "Se a pessoa morar de aluguel, por exemplo, deve considerar que, ao se mudar, será necessário pensar em um local para levar o bicho", comenta.
Ter um veterinário de confiança
Alessandra acentua a importância de ter um médico veterinário de confiança. "Ele vai ajudar tanto com as dúvidas sobre a espécie quanto com algo de que o animal necessite durante sua vida."
Adote, não compre
A especialista em gatos Alessandra pede àqueles que querem se tornar tutores que optem pela adoção e não pela compra dos animais. "Para isso, você deve buscar instituições sérias que promovam a adoção de forma consciente", ensina.
"Se adotar de um amigo ou de alguém conhecido, tente entender sobre aquele animal, de onde ele vem e quais são as necessidades básicas do primeiro contato", alerta.
Higiene do pet e adaptação da rotina
Telma apresenta alguns cuidados cotidianos com os animais, como o banho nos cachorros. "Não é necessário dar banho toda semana, não existe calendário. Então, nós explicamos que é conforme a necessidade, desde que use produtos próprios para pet e mantenha a pele bem sequinha", explica.
"Quanto aos gatos, como eles têm o hábito de autolimpeza, existem casos específicos para dar banho, mas a escovação diária é indicada, para tirar a sujeira e manter a pele saudável", completa.
Fabiana ainda esclarece que a adaptação do animal em seu novo lar pode levar dias, até mesmo semanas. "Alguns animais se adaptam logo de cara, mas outros precisam de um tempo para entrar na nova rotina. Esse período exige paciência, carinho e adestramento", orienta.
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*Sob a supervisão de Thaís Sant'Anna