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'RG do autista': saiba os benefícios do documento para pessoas com TEA

A Ciptea é uma carteirinha que facilita a identificação das pessoas com transtorno do espectro autista

Virtz|André Barbeiro e Thaís Sant'Anna, do R7

Daniela Sales, administradora de empresas
Daniela Sales, administradora de empresas

Conhecida como "RG do autista", a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) ganhou força recentemente. Em abril, foi criado, em São Paulo, um Plano Estadual Integrado para alinhar, articular e ampliar alguns serviços de atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Estado.

Assegurada pela lei 13.977, de 8 de janeiro de 2020, a Ciptea tem o objetivo de garantir que pessoas com TEA tenham um documento de identificação que não cause constrangimentos e proporcionem qualidade de vida

"Nós temos um público estimado pela Organização das Nações Unidas (ONU) de 1% da população com o TEA, o que representa para São Paulo algo em torno 470 mil pessoas. E, desde a primeira emissão da carteira no dia 6 de abril, nós já temos 7 mil pedidos", detalha o secretário estadual dos direitos da pessoa com deficiência Marcos da Costa.

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A administradora de empresas Daniela Sales, de 47 anos, que tem TEA e fala sobre sua "vida de autista" nas redes sociais, comenta que este documento é útil em diversos lugares. 


"Principalmente em filas, atendimento em hospitais, porque ajuda no diagnóstico, já que temos comorbidades associadas inerentes ao TEA e, também, nos momentos de lazer, como teatros e cinemas, para usufruir dos benefícios da meia-entrada", conta.

Benefícios da Ciptea

Exemplo de Ciptea
Exemplo de Ciptea

Daniela acha "fantástico" que a Ciptea exista. Ela explica que possibilita que a pessoa não passe mal em lugares cheios. 


"No autismo, os graus 1 e 2, principalmente, são deficiências 'invisíveis'. Muitas vezes não conseguimos ficar em uma fila de supermercado, por exemplo, por questões sensoriais como barulho, temperatura e a exposição por um período de tempo, que varia de autista para autista, pode desencadear uma crise sensorial e desregular completamente a pessoa", detalha.

O professor de parkour e body piercer Leonard Ribeiro Jacinto, de 38 anos, que também é autista, caracteriza a Ciptea de forma positiva. "Vejo esse documento como uma forma de combater o preconceito".

"Quando você tem a oportunidade de ter um registro desse, governamental, eu acho muito importante para garantir os direitos das PCDs (pessoas com deficiência). Além disso, um documento deste também assegura um atendimento especializado", opina Leonard.

Como conseguir este documento em São Paulo?

Leonard Ribeiro Jacinto, professor de parkour e body piercer
Leonard Ribeiro Jacinto, professor de parkour e body piercer

O processo para ter esta identificação é gratuito, simples e pode ser feito completamente pela internet. Basta acessar o site da Ciptea, fazer o cadastro, apresentar o laudo médico e uma foto. 

Para quem prefere fazer o processo de forma presencial, é possível fazer a solicitação do documento no Poupatempo do Canindé, na zona norte da capital paulista. O procedimento é feito pelo atendente e o documento é impresso e entregue na hora ao beneficiário. 

Além disso, 25 outros Poupatempos do interior de São Paulo passarão a oferecer o serviço de forma gradativa. Vale lembrar que se o beneficiário, ou seja, quem precisa da carteira de identificação, for menor de idade, um responsável deve acompanhar durante o processo. 

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