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Modelos falam sobre polêmicas nas passarelas do Fashion Rio

Segunda edição da semana de moda carioca em 2013 trouxe discussão sobre cotas raciais

Moda|Do R7

Modelos negras na passarela vão contra a cota de negros: "O mercado [da moda] não nos favorece tanto"
Modelos negras na passarela vão contra a cota de negros: "O mercado [da moda] não nos favorece tanto"

Na segunda edição de 2013 do Fashion Rio, o evento assinou um acordo com representantes da ONG Educafro para garantir a presença de modelos negros na semana de moda carioca.

Em entrevista ao R7, modelos revelaram insatisfação com a iniciativa e se declararam contra as denominadas “cotas para negros em desfiles de moda”.

A modelo Mara Jay, negra, de 22 anos, com 56 kg e 1,82 m de altura, desfilou nesta edição pelo Rio Moda Hype.

— O negro quando entra na passarela marca muito, os negros são mais exóticos. Não acho certo ter essa cota, de número mínimo de modelos negros, sempre vai haver espaço para os bons.


Amiga de Mara, a também modelo Josy Falcão, de 23 anos, endossou a posição de Mara quanto ao assunto das cotas e contou ao R7 que permanecer no mercado da moda é um desafio.

— Nós temos modelos negros excelentes. Mas o mercado [da moda] não nos favorece tanto. Eu acho um absurdo as cotas. Não é pela cor da pele que um consegue ser melhor que o outro. A cota não é uma saída, isso deve ser repensado. Estamos aqui e sabemos que o mercado não é fácil para ninguém, estamos lutando por espaço com as nossas próprias forças.


Em comunicado oficial, a assessoria de imprensa do Fashion Rio esclareceu que o evento firmou um termo de compromisso com a Defensoria Pública do Rio de Janeiro e desde 2008 toma medidas visando estimular as marcas que desfilam nos eventos a aumentar a participação de modelos afrodescendentes em seus desfiles.

“Em 2008, assinamos um termo de compromisso com o Ministério Público de São Paulo para fazer chegar às grifes a necessidade de adequar o casting de modelos à miscigenação racial existente no Brasil o que, em termos práticos, gerou a inclusão de uma recomendação no manual de grifes destacando a importância da contratação de modelos afrodescendentes. Adotamos a mesma postura para o Fashion Rio quando assumimos o evento”.

No comunicado, eles ainda ressaltaram que caso o não cumprimento da recomendação, a Defensoria Pública se reserva o direito de contatar diretamente cada empresa e adotar as medidas que julgar necessárias.

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