Quer ser Miss plus size? Especialista dá dicas para entrar na profissão
Descubra como entrar na carreira
Moda|Do R7

Surgido nos anos 1970 nos Estados Unidos, o termo plus size entrou para o vocabulário da época como denominar modelos de roupas acima do padrão convencional usados nas lojas. Atualmente ainda há debates sobre a numeração, mas normalmente, uma mulher é considerada plus size a partir do manequim 44.
Patrícia Milli, organizadora do concurso Miss Brasil Plus Size, afirma que ser plus size não tem relação com a obesidade, como muitas pessoas associam.
— Sabemos das complicações que a obesidade traz para o ser humano. No entanto, buscamos aumentar as oportunidades da valorização da mulher plus size, da ampliação do mercado de trabalho e da redução do preconceito e discriminação, trabalhando na percepção da sociedade de que mulheres curvilíneas e fora dos, até então, padrões podem e são lindas também, desde que se cuidem, tendo saúde, como deve buscar uma legítima Miss.
Para participar do concurso Miss Brasil Plus Size, a candidata deve ser maior de idade e vestir, no mínimo, manequim 44. O regulamente você confere no site do concurso.
— Depois de pagar a taxa simbólica do concurso, R$ 30, a candidada tem direito a três dias de preparo, que incluem aulas de passarela, coreografia, comunicação, marketing, relacionamento intra e interpessoal, roupas de gala, causal e maiô para desfile, bem como estadia para os três dias. Uma vez preparada, o concurso em seu Estados acontece somente se tiver dez inscritas e, nos mesmo moldes do Nacional, ou seja, elas desfilam com os três trajes mencionados acima e são avaliadas nos seguintes critérios: desenvoltura, simpatia, elegância, entre outros.
A vencedora torna-se Miss Estadual e segue para o Nacional, em que haverá uma representante já eleita de cada Estado, mais a Miss Internet, que será eleita pelos internautas.
Mesmo com 40 anos do termo, quem é plus size ainda sofre preconceito, principalmente dos brasileiros.
— No Brasil, embora já tenhamos conseguido fazer um certo barulho positivo, ainda há muito a se trabalhar. Nem de longe somos tão reconhecidas aqui, como são as plus sizes no exterior. Mas estamos ganhando espaço e vamos continuar somando forças. Vale lembrar que a questão não é fazer com que a sociedade engorde para torna-se plus size, mas que respeite as diferenças, que não tenha como padrão a magreza e que saiba reconhecer a beleza curvilínea da mulher brasileira, que por tendência da miscigenação, já é mesmo mais voluptuosa, gordinha ou avantajada. É como se saíssemos do armário e conquistássemos um espaço tão necessário e de direito também.