PM que agrediu funcionária em lanchonete é o retrato do covarde
Por ter recebido um molho errado em seu sanduíche, homem intimidou e chutou atendente, sem a menor chance de defesa
Blog da DB|Do R7 e Deborah Bresser
As cenas são chocantes e o motivo que levou a tamanha agressão é desprezível. O caso do PM que fez um pedido por telefone a uma lanchonete no Rio, recebeu um molho errado, e foi tirar satisfação, armado com um revólver e muito ódio, beira o inacreditável.
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No vídeo que registrou a ação, o homem chega intimidando os funcionários, chuta um deles e, não contente, vai até o balcão. Parte então para cima da funcionária. O que se segue é um show de horror e covardia.
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“Ele chegou no balcão e perguntou: quem foi que falou comigo no telefone? Eu falei: fui eu. Aí ele já virou um tapa na minha cara”, disse a vítima à Record TV Rio. Ela não quis se identificar por medo de retaliações, uma vez que o homem ameaçou "explodir a cabeça" de quem o denunciasse.
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A vítima foi puxada pelo cabelo por toda loja e recebeu diversos chutes do agressor. Ela levou três pontos na cabeça e ficou com hematomas por todo o corpo. Estamos falando de uma mulher que estava fazendo o seu trabalho. Inevitável lembrar o PM de São Paulo que falou, com todas as letras, que não tinha "cerimônia para quebrar cara de mulher".
Valentões, eles, né? Muito fácil descer a porrada em uma mulher franzina, encorajado por uma arma, para nela descontar todo sua ira. O despreparo para a função que exercem é escancarado.
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No Rio, o motivo foi UM MOLHO enviado errado. Uma criatura dessas não tem sanidade nem para conviver em sociedade, muito menos para vestir farda. Horas depois da violência, a Polícia Militar identificou o agressor, que é do 9º BPM (Rocha Miranda). O militar será indiciado por lesão corporal e injúria, além de falsa identidade por ter dito que era delegado para intimidar os funcionários da lanchonete.
Em São Paulo, a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou, na época, que o PM machão seria afastado do trabalho operacional.
A nós resta a indignação e o embrulho no estômago ao se deparar com condutas tão inapropriadas daqueles que deveriam proteger a comunidade.
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