TDAH: veja dicas de ouro para deixar a vida mais leve!
Uma mudança de olhar e de comportamento que fazem a diferença
Creio que um dos maiores desafios da humanidade é compreender e entender a individualidade. Como cada um de nós somos um universo próprio, isso deixa essa sinergia ainda mais complicada. Se a pessoa tiver, por exemplo, algum tipo de transtorno, a corrente que une os seres pode se romper.
Esses dias ouvi na rua, enquanto fazia uma reportagem, uma mulher se queixando por estar sendo sempre incompreendida. Leilane está com 42 anos e foi diagnosticada com TDAH, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, e isso a afastou ainda mais da família. Mas o que fazer numa situação assim?
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Lidar com familiares diagnosticados com TDAH pode ser desafiador, mas com uma boa dose de compreensão é possível criar um ambiente harmonioso e apoiar efetivamente, e afetivamente, quem convive com essa condição.
O DiFato, Tudo importa, ouviu especialistas e pacientes e reuniu algumas dicas que podem fazer toda a diferença.
Comunicação Clara
Pessoas com TDAH apresentam, muitas vezes, dificuldade em entender frases rebuscadas e/ou seguir instruções longas e complexas. Ser direto e objetivo facilita a relação. Usar frases curtas e simples funcionam melhor. E entenda, às vezes será necessário repetir as informações. Peça para a pessoa repetir de volta, garantindo que ela entendeu.
Rotinas Organizadas
A criação de uma rotina diária pode ajudar bastante. Organizar coisas simples do dia a dia como horários fixos para refeições, estudos, trabalho e até mesmo para relaxar oferece uma estrutura que auxilia na adequação das rotinas e na diminuição do estresse. Sugiro até a velha e boa agenda (física) ou o quadro branco na porta da geladeira.
Paciência é a melhor ajuda
Para fazer a diferença é preciso entender que paciência e flexibilidade são essenciais. É importante estar preparado para dias de instabilidade, então o objetivo é apoiar e entender, não controlar. Fazer planos ajuda, mas entender com tranquilidade que tudo pode mudar é necessário também.
Outro passo muito importante é compreender o que é o TDAH não é coisa de outro mundo e nem um transtorno incapacitante. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um distúrbio neurobiológico que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, crianças a adultos, provocando uma série de comportamentos que impactam a vida (escolhas pessoais e profissionais) e o relacionamento com outras pessoas.
Quem é diagnosticado com TDAH apresenta sintomas como desatenção, impulsividade e hiperatividade. Cada pessoa apresenta uma forma e uma intensidade diferente desses sintomas, mas eles continuam ali. Por isso, compreender, apoiar e incentivar a busca por apoio profissional é fundamental.
A orientação psiquiátrica, muitas vezes com ajuda de outros profissionais de saúde (psicólogos, terapeutas ocupacionais, etc.) e de medicamentos, conseguem suavizar os sintomas e reestabelecer a autoestima e minimizar problemas de relacionamentos.
TDAH não invalida a pessoa ao progresso, nem gera incapacidade para conquistas e sucesso pessoal/profissional. Com certeza você já elogiou ou admira alguma celebridade que pode ter sido diagnosticada com o Transtorno. Nomes como a apresentadora Sabrina Sato, o cantor e ator Fiuk, o ator americano Will Smith, o medalhista olímpico em natação Michael Phelps, o cantor Adam Levine (Maroon 5) e a atriz Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes) declararam terem sido diagnosticados com o transtorno.
Como falei anteriormente, é preciso procurar ajuda especializada para o diagnóstico. Profissionais em saúde mental são aptos para realizar a aplicação de testes para identificar ou descartar o transtorno.
Então coloque na cabeça que: TDAH não define a pessoa. A palavra-chave para familiares e amigos é a adaptação, assim será mais fácil entender e acolher nuances e necessidades para transformar a dinâmica familiar em algo construtivo, simples, sem conflitos ou sofrimentos.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.