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120 dias após a cirurgia bariátrica: o que aconteceu comigo?

Perdi 20 quilos, ganhei disposição… e menstruei por quase quatro meses. 😅

Obesidade sem Tabu|Mariana VerdelhoOpens in new window

No dia 5 de março, fiz uma cirurgia bariátrica do tipo sleeve — como já contei aqui para vocês. De lá para cá, muita coisa mudou no meu corpo e na minha saúde. Como a gente passa por uma grande perda de peso e alterações metabólicas importantes, é necessário fazer uma bateria de exames a cada três meses, pelo menos no primeiro ano, para acompanhar como estamos reagindo.

No começo de junho, iniciei meu check-up pós-bariátrica. Como teve feriado no meio do caminho (e a vida real acontece), só consegui retornar à minha médica, a Dra. Carina Fernandes, nesta semana.

Eu e a Dra Carina Fernandes no meu retorno 120 após a cirurgia Arquivo Pessoal

Vamos aos dados: em 120 dias, eliminei 20 quilos — saí dos 101 kg e fui para os 80 kg. Foram 18 kg de gordura e apenas 2 kg de músculo. A ideia era não perder massa magra, claro, mas considerando o emagrecimento rápido, até que foi uma perda pequena de músculo.

Acho importante dizer que, nesses quase quatro meses, me senti muito bem. Mudei completamente o meu estilo de vida: treino pelo menos quatro vezes por semana e não como mais açúcar refinado. Meu novo estômago não sabe o que é isso.


Também não tive:

  • entalo,
  • dumping,
  • vômitos,
  • nem queda de vitaminas.

Pelo contrário! Minha vitamina B12, que é o terror de muitas bariatricadas, dobrou — graças a uma suplementação regrada.


Mas nem tudo foi simples…

Teve uma coisa chata, que poderia ter me levado à anemia: menstruei por quase 120 dias. Para ser bem sincera, o domingo, dia 29/06, foi o primeiro dia sem sangramento desde a cirurgia. Esse “bug” pode acontecer por causa das alterações hormonais causadas pela perda de peso e mudança metabólica.

Tentei usar um anel vaginal contraceptivo para regular o ciclo — não funcionou. Tomei remédio para hemorragia — também não adiantou. Na semana passada, comecei a tomar progesterona e, aí sim, o sangramento parou. Semana que vem vou colocar o DIU, tentando equilibrar de vez esses hormônios.


Outras mudanças que notei:

  • Minha fascite plantar melhorou muito. Nunca mais senti dor ao pisar no chão pela manhã. Ainda sinto o esporão, mas é totalmente controlado.
  • Meu sono está ótimo. Durmo e apago. Antes, sofria com apneia.
  • Não tenho mais gordura no fígado.
  • Nada de crises de asma, mesmo com os dias frios em São Paulo. Minha respiração está muito melhor.
  • Passei a sentir muito frio. Isso é comum após a bariátrica: com menos calorias entrando, o corpo produz menos calor.
  • Consigo carregar meu filho de 17 kg no colo e caminhar com ele. Antes, não aguentava nem um minuto. Esses dias, subi a escada com ele no colo.
  • Meu calcanhar, que era todo rachado, agora está lisinho. Descobri que o excesso de peso pode causar rachaduras nos pés.
  • A esperada queda de cabelo ainda não chegou. E, se Deus quiser, nem vai!
  • Meu braço está começando a mostrar músculo definido. Mostro pra todo mundo, porque, como diz minha irmã: “dá trabalho construir”.
  • Passei a entender a diferença entre fome real e vontade de comer.
  • Consegui falar em voz alta os meus pesos:
    • Máximo: 104 kg
    • Pré-cirurgia: 101 kg
    • Atual: 80 kg

Números que eu JAMAIS tinha compartilhado com ninguém. Mas, se a ideia aqui é falar de obesidade sem tabu, então bora colocar todos os dados na mesa.

Antes e depois Arquivo Pessoal

E a autoestima?

Ah… essa mudou demais. Me sinto mais segura, mais bonita, menos julgada. Sinto que o meu amor-próprio e minha autoconfiança voltaram. E isso afetou positivamente minha relação com os amigos, com meu filho e com meu marido. Voltei ao mesmo peso que tinha quando me casei. Voltei a vestir roupas que estavam há anos no armário, cheirando a naftalina.

Roupas antigas voltando a servir Arquivo Pessoal

Nestes 120 dias — quase o mesmo tempo de existência do Obesidade sem Tabu — sinto que me resgatei. Por uns 5 ou 6 anos, eu estava fora do meu corpo. E agora, estou de volta.

Outro dia, uma amiga me disse:“Mari, você não é outra pessoa. Você voltou a ser quem você sempre foi.”

E é exatamente isso.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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