O reflexo no espelho que ela não reconhecia: advogada perde 40 kg sem fórmulas milagrosas
Débora Gomes Magro decidiu mudar de vida após não encontrar um vestido; veja o antes e o depois

Nas redes sociais, vemos muitos “antes e depois” impressionantes. Pessoas que chegaram a pesar mais de 100 kg e hoje exibem corpos enxutos. Mas nem sempre sabemos se tudo aquilo é real — e muito menos conhecemos a história de superação por trás de cada post.
Eu mesma, que ainda estou no meio do meu processo de emagrecimento, percebo que, quando compartilho fotos comparativas, o engajamento cresce e os comentários se multiplicam. Isso mostra como esse tipo de conteúdo toca as pessoas — mas também como é importante ir além da imagem.
Foi rolando o feed do Instagram que conheci a história da Débora Gomes Magro, 37 anos. Ela eliminou 40 kg de forma natural — e o impacto visual é realmente marcante. Mas o que mais me chamou atenção foi a trajetória que levou até lá.
Débora é advogada e mãe de dois filhos pequenos, de 4 e 2 anos. Ela decidiu mudar quando percebeu que não conseguia mais usar as roupas que gostava. “Eu via um reflexo no espelho que não reconhecia”, contou.
O ponto de virada foi na escolha do vestido para o batizado do filho. “Queria um vestido específico, mas o tamanho G não serviu — nem com elástico nas costas. Fiquei muito abalada. Acabei usando um modelo que não tinha nada a ver comigo, mas era o único que servia. Ali eu decidi que precisava mudar.”

Ela usou medicamento por sete meses como ferramenta para sair da obesidade, mas ressalta que o resultado duradouro veio da mudança de hábitos — algo que tentou várias vezes antes, sem sucesso.
“Vivi a vida tentando emagrecer. Já fiz todas as dietas que você possa imaginar. A maioria era tão restritiva que acabava gerando compulsão. Eu perdia tudo o que tinha conquistado. Dessa vez, busquei um nutricionista que adaptou o plano à minha rotina: comida de verdade, prática e possível. Isso fez toda a diferença.”
Débora também percebeu o quanto comia sem perceber. “Aquela balinha ‘inofensiva’ no caixa da loja, um chocolatinho ali, outro aqui... Esses beliscos comprometem muito o processo.”
Um dos grandes desafios foi conciliar a dieta com a vida social. Festas, alimentos saborosos e calóricos — tudo isso torna o caminho mais difícil. E recaídas aconteceram.
“No início, era comum eu perder o controle com uma panela de brigadeiro ou um chocolate da farmácia. Não é fácil largar esses hábitos. Mas, dessa vez, eu não pensei em desistir. Se recaía, retomava logo depois. Não ficava me punindo ou pensando: ‘já que errei, vou errar mais’.”
Ela destaca que constância é mais eficaz do que restrição. “Eu emagreci comendo chocolate todos os dias. Como até hoje — apenas 20g. Também como pão, arroz, batata — mas tudo na medida certa.”
Outro ponto fundamental foi o autoconhecimento. Débora aprendeu a reconhecer seus gatilhos e agir antes que virassem sabotagens. “Se eu estava nervosa, cansada, irritada, sabia que era um dia de atenção redobrada. Pensava muito antes de comer qualquer coisa. E se escorregava, no dia seguinte voltava com ainda mais foco. Não ficava remoendo.”
Apesar de nunca ter sido magra, Débora sempre foi ativa. Faz musculação desde os 15 anos. Mas só agora entendeu o poder da alimentação equilibrada.
“O treino é meu momento. Lá não tem filho chamando, nem chefe incomodando. É onde eu recarrego. Depois da minha demissão, ficou ainda mais importante para preencher o vazio que o trabalho deixou. É onde conheço pessoas, me distraio e me reencontro.”
Débora também fala sobre o preconceito que sofreu por estar fora do padrão. “Uma vez, na padaria, uma mulher se irritou por causa de uma vaga e saiu gritando que eu era GORDA, enquanto ela era MAGRA. Uma pessoa magra não passa por esse tipo de humilhação. Eu sentia vergonha de entrar em lojas, de usar biquíni com meus filhos. Me sentia constrangida.”
Hoje, olhando para trás, ela sente orgulho. “Emagrecer é simples, mas não é fácil. A recompensa é maravilhosa, e depende 100% de você.”
Que a trajetória dessa mãe, que só queria vestir o que gostava, sirva de inspiração para quem está enfrentando os mesmos desafios. Mesmo nos períodos em que Débora estava com obesidade, seus exames estavam bons. Mas faltavam a confiança e a qualidade de vida que vieram com as mudanças.
O emagrecimento, para ela, não foi sobre estética. Foi sobre liberdade, identidade e saúde emocional. E isso é algo que vai muito além da balança.
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