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Corte Constitucional da Itália vai julgar a nova lei de cidadania em 2026

Decisão pode redefinir o futuro de milhões de descendentes italianos ao redor do mundo

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Corte Constitucional da Itália vai julgar a nova lei de cidadania em 2026 Foto de Emma Fabbri na Unsplash

A comunidade ítalo-descendente vive um dos momentos mais incertos das últimas décadas. Após a aprovação da nova lei de cidadania, o Decreto Tajani, que restringe o reconhecimento da cidadania italiana por descendência, uma onda de questionamentos jurídicos tomou conta da Itália e de diversos países com grande presença de descendentes.

Agora, o tema chega ao ponto mais alto do sistema jurídico: a Corte Constitucional, que analisará a validade da lei entre janeiro e março de 2026. A decisão tem potencial para mudar completamente o cenário da cidadania italiana no mundo.


O que é o Decreto Tajani?

O Decreto-Lei nº 36/2025, aprovado em março de 2025 e convertido posteriormente em lei, altera profundamente o modelo tradicional de cidadania jus sanguinis.

Antes, não havia limite de gerações: bisnetos, tataranetos e demais descendentes podiam solicitar a cidadania, desde que comprovassem a linhagem.


Com a nova lei, o direito passa a ser limitado apenas a filhos e netos de italianos natos. Linhas familiares mais distantes ficam sujeitas a critérios adicionais ou podem perder o direito ao reconhecimento automático.

A mudança provocou forte reação na diáspora italiana, especialmente no Brasil, que abriga mais de 30 milhões de descendentes.


Por que a lei está sendo contestada

Após sua publicação, juristas, associações de descendentes e advogados especializados apresentaram ações contestando a constitucionalidade da nova regra. Os principais argumentos defendem que:

  • A cidadania por sangue é um direito originário, e não uma concessão discricionária do Estado.
  • O decreto não poderia restringir retroativamente um direito reconhecido há décadas.
  • Milhões de famílias já teriam direito adquirido, com base no histórico de reconhecimento sem limite de gerações.
  • A mudança fere o vínculo histórico entre a Itália e sua diáspora mundial.

Em setembro de 2025, o Tribunal de Turim encaminhou oficialmente o caso à Corte Constitucional, confirmando a relevância jurídica e nacional do tema.


O que a Corte vai decidir

A Corte Constitucional avaliará se o decreto:

  • está de acordo com a Constituição italiana;
  • pode limitar o direito de descendência historicamente reconhecido;
  • pode ser aplicado a processos em andamento ou apenas a novos pedidos;
  • pode valer de forma retroativa.

A decisão será final e irrecorrível. Se o decreto for considerado inconstitucional, as restrições podem ser anuladas. Se for confirmado, milhões de descendentes poderão perder o direito à cidadania.

E os processos já iniciados?

De acordo com interpretações amplamente citadas por juristas e consulados, processos protocolados antes de 27 de março de 2025 tendem a ficar protegidos pelas regras antigas.

Já quem iniciou o procedimento após essa data enfrenta um cenário instável: muitos casos estão suspensos aguardando o julgamento.

Por que o julgamento é crucial para os brasileiros

O Brasil tem a maior comunidade de descendentes italianos do mundo. Por isso, a decisão da Corte pode impactar diretamente:

  • processos consulares no Brasil;
  • processos judiciais na Itália;
  • solicitações via residência temporária;
  • descendentes de todas as gerações;
  • planos de estudo, trabalho ou imigração para a União Europeia.

Para milhões de famílias, a cidadania italiana representa identidade, mobilidade, história e oportunidade — muito além de um benefício burocrático.

Clima político na Itália

O debate está polarizado:

  • setores conservadores defendem regras mais rígidas, alegando necessidade de controlar quem realmente pode ser considerado italiano;
  • juristas e grupos da diáspora afirmam que a Itália não pode negar a sua própria história de emigração;
  • no Brasil, Argentina e outros países, a pressão política e social tem sido intensa.

Apesar disso, a Corte Constitucional é independente e tomará uma decisão estritamente jurídica, sem influência partidária.

O que os descendentes devem fazer agora

Enquanto o julgamento não ocorre, especialistas recomendam:

  1. Organizar toda a documentação (certidões, retificações e comprovantes), mesmo sem protocolar ainda.
  2. Manter processos já abertos devidamente atualizados.
  3. Acompanhar comunicados oficiais dos consulados italianos e dos tribunais.
  4. Buscar orientação especializada, já que cada árvore genealógica tem particularidades.
  5. Evitar decisões precipitadas, pois tudo pode mudar após o julgamento.

Conclusão – Por Carlos Silva

“A cidadania italiana sempre simbolizou um elo profundo entre a Itália e seus descendentes. O Decreto Tajani transformou esse elo em um debate jurídico global. O julgamento de 2026 definirá se esse direito continuará sendo transmitido sem limites ou se milhões de famílias terão seus sonhos interrompidos. O mundo, e especialmente o Brasil, aguarda essa decisão histórica.”

A Digital Vistos acompanha diariamente as atualizações sobre cidadania italiana, legislação europeia e processos consulares. Se você é descendente e deseja entender como o julgamento pode afetar seu caso, nossa equipe oferece orientação personalizada com base nas informações oficiais e no cenário jurídico atualizado.

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Por Carlos Silva – Jornalista 0099348/SP e influencer digital

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