EUA deverão exigir cinco anos de histórico de redes sociais para turistas isentos de visto
Proposta publicada pelo governo Trump amplia exigências do ESTA e pode transformar o controle migratório para viajantes de países isentos de visto

O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, divulgou em 10 de dezembro de 2025 uma proposta oficial para tornar obrigatória a apresentação do histórico de redes sociais dos últimos cinco anos para turistas que utilizam o ESTA (Electronic System for Travel Authorization — Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem). A medida foi formalizada no Federal Register, o registro oficial do governo norte-americano.
A mudança representa uma ampliação significativa das exigências para viajantes provenientes de países integrantes do Visa Waiver Program (Programa de Isenção de Visto) e marca um movimento inédito no nível de checagem digital aplicada a turistas.
O que é o ESTA e por que a proposta muda seu funcionamento
O ESTA (Electronic System for Travel Authorization — Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem) permite que cidadãos de países isentos de visto entrem nos Estados Unidos por até 90 dias para turismo ou negócios, sem necessidade de visto tradicional. A autorização custa hoje US$ 40 (R$ 220,00) e tem validade de dois anos.
Atualmente, o envio de informações de redes sociais é opcional no ESTA ao contrário dos pedidos de vistos convencionais para estudo, trabalho ou imigração, em que essa etapa já é obrigatória. A proposta agora busca unificar o padrão: todos os viajantes de países isentos passariam a fornecer obrigatoriamente suas redes sociais.
O que a proposta exige do viajante
Segundo o aviso divulgado pela U.S. Customs and Border Protection (CBP — Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras), a nova exigência inclui não apenas redes sociais, mas um conjunto amplo de informações pessoais.
Entre os dados previstos estão:
- Histórico de redes sociais (usernames - nomes de usuário) dos últimos cinco anos.
- Números de telefone utilizados nos últimos cinco anos.
- Endereços de e-mail utilizados nos últimos dez anos.
- Possível coleta de endereços de IP, metadados de fotos enviadas eletronicamente e dados biométricos, quando operacionalmente viável.
- Informações de familiares, como nomes completos, datas e locais de nascimento e endereço de residência.
A CBP também prevê que o processo do ESTA seja realizado exclusivamente por aplicativo móvel, extinguindo a plataforma web tradicional.
Países afetados pela medida
A exigência alcançaria os 42 países participantes do Visa Waiver Program (Programa de Isenção de Visto), incluindo nações europeias (como França, Reino Unido e Alemanha), asiáticas (Japão, Coreia do Sul, Cingapura), e também países da Oceania, como Austrália e Nova Zelândia.
Embora o Brasil não faça parte do programa, a mudança pode afetar viajantes de países vizinhos ou brasileiros com dupla cidadania que utilizem passaporte elegível ao ESTA.
Justificativa oficial: reforço da segurança nacional
O governo argumenta que o aumento da coleta de informações serve para aprimorar a triagem de visitantes, identificando potenciais riscos relacionados a terrorismo, extremismo e outras ameaças. A proposta afirma que a análise do histórico digital complementaria os sistemas já existentes de verificação de antecedentes.
No entanto, especialistas em privacidade e direitos civis destacam que a eficácia desse tipo de monitoramento ainda é incerta e que o volume de dados coletados pode representar riscos significativos de vigilância excessiva.
Situação atual da proposta
A medida não está em vigor. Trata-se de uma proposta submetida à consulta pública, com prazo de 60 dias para comentários antes de eventual adoção definitiva. Ainda podem ocorrer modificações no texto final.
Mesmo assim, o fato de ter sido publicada no Federal Register (Registro Federal) indica que o governo está empenhado em implementar a mudança.
O que isso significa para turistas nos próximos anos
Se aprovada, a proposta transformará a experiência de entrada nos Estados Unidos para cidadãos de países isentos de visto. O processo, hoje considerado simples, passaria a envolver:
- levantamento do histórico digital dos últimos cinco anos;
- envio de informações antigas de contato;
- possível coleta de dados biométricos;
- obrigatoriedade de uso de aplicativo móvel.
Para muitos viajantes, especialmente aqueles com preocupações sobre privacidade, a mudança pode representar uma barreira adicional. Para governos estrangeiros, a medida abre um debate sobre reciprocidade, proteção de dados e impacto no fluxo internacional de turismo.
Conclusão
A proposta apresentada pelo governo dos Estados Unidos marca um dos maiores avanços na exigência de dados pessoais para turistas isentos de visto. Embora ainda esteja em discussão pública, o escopo da medida indica que viagens para o país podem se tornar mais complexas e intrusivas nos próximos anos. A recomendação é que viajantes e consultorias acompanhem as atualizações oficiais e se preparem para mudanças estruturais no processo do ESTA.
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Por Carlos Silva – Jornalista 0099348/SP e influencer digital
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