Schwarzenegger alerta para risco à democracia nos EUA após assassinato de Charlie Kirk

O ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, 78, afirmou estar preocupado com o futuro da democracia nos Estados Unidos após o assassinato do ativista político de direita Charlie Kirk, morto aos 31 anos, no último dia 10, depois de levar um tiro durante uma palestra em Utah.

Em um encontro na Universidade do Sul da Califórnia, o astro de "O Exterminador do Futuro" lamentou a polarização política atual. "Temos que ser muito cuidadosos para não chegarmos mais perto do precipício. Porque quando você cai desse abismo, lá embaixo não existe democracia. Temos que ser muito, muito cautelosos. Acho que é muito importante que a gente reverta isso e mostre o poder das pessoas. Porque o povo pode reverter isso, o povo tem o poder supremo."

Crítico do presidente Donald Trump, Schwarzenegger disse ser "inacreditável" que Charlie tenha sido assassinado simplesmente porque "tinha uma opinião diferente."

"Fiquei bastante chateado que a vida de alguém tenha sido tirada porque tinha uma opinião diferente. É simplesmente inacreditável. Ele era um baita comunicador, um grande defensor da direita; das causas republicanas. Ele tinha uma maneira incrível de se comunicar com os estudantes que concordavam ou discordavam dele. É um ser humano. Uma vida humana se foi. E ele era um ótimo pai, um marido incrível. Eu estava pensando em seus filhos. Eles agora só vão ler sobre ele, em vez de ouvi-lo contar histórias de ninar", pontuou.

O ícone das telonas acrescentou que as divisões na sociedade são o pano de fundo da violência política. "Temos que reconhecer que a causa de tudo isso são as plataformas sociais que estão nos dividindo, a imprensa tradicional que está nos dividindo. Os partidos políticos... os democratas que estão nos dividindo, os republicanos que estão nos dividindo. Estamos sendo atingidos por tantos ângulos diferentes, e temos que ser muito cuidadosos para não chegarmos mais perto daquele precipício", finalizou.

Trump, por sua vez, sinalizou nesta semana que não pretende buscar a conciliação. O presidente americano declarou ao programa Fox and Friends: "Vou dizer algo que vai me causar problemas, mas estou pouco me lixando. Os radicais da direita são radicais porque não querem ver crimes. Os fanáticos da esquerda são o problema... eles são perversos e horríveis, e politicamente malandros. Eles querem homens nos esportes femininos, eles querem transgênero para todos, eles querem fronteiras abertas. A pior coisa que aconteceu a este país", disparou.