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Andréa Nóbrega fala da mãe com Alzheimer: 'Feliz do jeito dela'

'A tristeza que eu tenho é por ela não se lembrar mais de mim, não adianta. Hoje eu sou a tia que cuida e protege', contou a socialite

Famosos e TV|Aurora Aguiar, do R7

Andréa Nóbrega e Dona Yolanda Bezerra
Andréa Nóbrega e Dona Yolanda Bezerra

Há três meses que a vida de Andréa Nóbrega deu uma grande reviravolta. A socialite colocou abaixo o closet de casa onde guardava as melhores roupas e transformou o espaço em um quarto para mãe, Yolanda Barbosa, de 89 anos, que tem Alzheimer há 10 anos e, agora, mora com ela. O ritmo da casa, em Alphaville, São Paulo, segue uma rotina rígida, com horário regrado para banhos, remédios e refeições. Além de trocas de fraldas e idas e vindas à consultas médicas.

As primeiras enfermeiras que eu testei aqui em casa costumavam me dizer que minha mãe andava muito e me perguntavam%3A 'Não é melhor dar um remedinho%3F'. Foram seis que passaram por aqui

(Andréa Nóbrega)

Para Andréa, a necessidade de dar atenção à matriarca vai ao encontro de ideais que ela conta ter herdado dos pais, algo como uma ordem natural da vida, que diz que devemos cuidar de quem cuidou da gente. Amigos íntimos questionaram a socialite sobre o motivo de ela não ter optado por uma clínica ou um asilo para Dona Yolanda. "Não aceito. Já soube de casos em que os pacientes ficam dopados", afirmou.

"E outra coisa, as primeiras enfermeiras que eu testei aqui em casa costumavam me dizer que minha mãe andava muito e me perguntavam: 'Não é melhor dar um remedinho?'. Foram seis que passaram por aqui. Por isso, tive dificuldade de achar alguém que tenha o mesmo ritmo que o meu e o da minha mãe", contou Andréa, que, há dois meses, encontrou duas profissionais que se revezam e a ajudam nas tarefas.

Fico triste por ela não se lembrar mais de mim

(Andréa Nóbrega)

Ao longo dos últimos anos, desde quando Dona Yolanda foi diagnosticada com a doença, o que Andréa mais sente é não ser reconhecida pela mãe. "Fico triste por ela não se lembrar mais de mim. É que, às vezes, a gente quer conversar com uma mãe, né? Não adianta. Agora, ela me vê como aquela 'tia' que protege e que cuida", disse.


"Ela também já não se lembra mais dos netos, João Victor e Maria Fernanda, gêmeos que tenho com Carlos Alberto, que ele me ajudou a criar com tanto amor. Nem mesmo dos dois outros filhos que tem ela se recorda", completou.

Andréa também lamentou o fato de a mãe nunca ter morado com ela: "Ele sempre viveu com meu irmão mais velho. No entanto, ele acabou se casando e mudou. Então, ela veio para mim, infelizmente, doente."


Mulher ativa

Mãe de Andréa já não lembra mais dos netos
Mãe de Andréa já não lembra mais dos netos

Antes de se casar e trabalhar com o marido em uma empresa de representação de frios que fornecia para navios de cargas no Rio de Janeiro, Dona Yolanda foi aeromoça da extinta companhia aérea Varig. Viajou o mundo inteiro. Falava espanhol e italiano. Foi professora primária também. A ex-mulher de Carlos Alberto de Nóbrega contou que nunca imaginou que um dia a mãe fosse ter Alzheimer. "Ela sempre foi uma mulher muito ativa. Uma mulher que gostava de ler. Dizem que acontece porque as pessoas são paradas, mas ela tem a doença. Vai entender", afirmou.

Quem sofre mais é a família%2C porque eles já não estão mais lá

(Andréa Nóbrega)

Andréa encerrou e entrevista pedindo para dizer às pessoas que o Alzheimer é amor e paciência. "Sem isso, não tem como. E nós é que temos que entrar na história deles, porque eles não estão sabendo mais o que estão fazendo. Eles podem saber que estão almoçando agora, mas daqui uns minutos, se você perguntar, eles vão te dizer: 'Eu não almocei'. Quem sofre mais é a família, porque eles já não estão mais lá. Mas ela é feliz do jeito dela."

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