Isa Salmen brilha em produções internacionais e mantém conexão com o Brasil: ‘Sempre farei essa ponte aérea’

O talento de Isa Salmen é conhecido pelos fãs brasileiros por seus trabalhos na dramaturgia da RECORD, como Aksa em Reis (2023), Farah em A Rainha da Pérsia (2024), Fortuna em O Senhor e a Serva (2025), e outras produções. Com uma trajetória artística consolidada no país, a atriz tem se dedicado, há cerca de dois anos, à carreira internacional, e contou ao R7 como tem equilibrado a rotina entre o Brasil e a Europa.

“Eu falo vários idiomas: português, inglês, italiano, espanhol e francês, tenho cidadania italiana e fiz cursos em diversos países. Sou formada em Cinema pela Accademia Nazionale di Roma, na Itália, estudei na Escola Juan Carlos Corazza, na Espanha, e no Lee Strasberg, em Nova York. Então, sempre tive vontade de expandir meu caminho artístico, mas achei importante me solidificar no Brasil primeiro”, contou.

E foi justamente por meio de uma peça teatral brasileira que as portas para o exterior se abriram. “O cineasta português Leonel Vieira acompanhou um trabalho meu no Brasil e me convidou para viver Teresa na série O Grito, disponível em um streaming de Espanha e Portugal. A personagem é a mocinha da história, uma mulher doce que sai do Brasil rumo a Portugal e Espanha com o sonho de se tornar professora. Ela é mãe solo, então a trama mostra sua luta para alcançar o sucesso”.

Ainda na Europa, Isa teve a oportunidade de participar do longa italiano L’educazione della nonna, dirigido por Massimo Scaglione. “O filme estreia neste semestre e interpreto Lorena, uma mulher que sofreu diversos abusos na adolescência e acaba em um orfanato. Conheci os realizadores deste projeto italiano no Festival de Cannes e eles buscavam uma atriz ítalo-brasileira que falasse italiano fluentemente. Fiquei muito feliz com o convite”.

Atualmente, a artista mora na Europa para se dedicar às produções internacionais, mas não abre mão de seus projetos no Brasil. “Quando fui convidada para fazer a Fortuna em O Senhor e a Serva, peguei um avião e fiquei três meses e meio no país. Foi um prazer interpretar uma personagem com uma curva dramatúrgica tão interessante. Sempre que surgir uma oportunidade, farei essa ponte aérea porque amo o Brasil — é o meu país e a minha casa do coração”.

Ser reconhecida em seu país de origem e levar seu trabalho mundo afora tem deixado Isa radiante. “As mulheres latinas estão ganhando o mundo e estou muito contente. É trabalhoso e preciso correr atrás, mas ver os retornos iniciais do meu esforço me deixa realizada. Subo um degrau por dia e ainda quero chegar ao Oscar como indicada, mas temos que celebrar as pequenas vitórias, que também são grandes”.

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