Veja as últimas palavras do príncipe de Luxemburgo, morto aos 22 anos

Frederik de Luxemburgo, filho do príncipe Robert e da princesa Julie de Nassau, morreu aos 22 anos, em Paris, no último dia 1º. O jovem herdeiro da coroa de Luxemburgo lutava contra uma doença rara, causada por um problema genético e que pode levar à falência múltipla de órgãos.

Príncipe Robert conta que o filho, antes de partir, convocou a família e perguntou: “Papai, você está orgulhoso de mim?”

Ao ouvir suas palavras, se sentiu ainda mais orgulhoso do filho.

“A resposta foi muito fácil, e ele a ouviu tantas vezes... mas, naquele momento, ele precisava de garantias de que havia contribuído com tudo o que podia em sua curta e bela existência e que agora ele poderia finalmente seguir em frente. Frederik sabe que ele é meu super-herói, assim como é para toda a nossa família, e para tantos bons amigos. E, agora, em grande parte graças à sua Fundação POLG, para tantas pessoas no mundo todo. Parte de seu superpoder era sua capacidade de inspirar e liderar pelo exemplo”, disse Robert.

“Quando era pequeno, eu sempre dizia que, se houvesse um filho pelo qual eu nunca precisaria me preocupar, seria ele. Ele tinha habilidades sociais incomparáveis, um senso de humor incrível, uma inteligência emocional e compaixão fora do comum, além de um senso de justiça, equidade e decência que não conhecia limites”, acrescentou.

A vida do jovem príncipe

O jovem teve uma infância considerada normal, dividindo seu tempo entre cidades como Londres, no Reino Unido, e Genebra, na Suíça. Em território suíço, iniciou seus estudos e seguiu sua trajetória sem dificuldades.

Aos 14 anos, recebeu o diagnóstico da doença: tratava-se da POLG. Esse distúrbio genético impede as células do corpo de produzirem energia, resultando em disfunção e falência progressiva de múltiplos órgãos.

Sem cura, a síndrome afeta principalmente o cérebro, os músculos, os nervos e o fígado. A enfermidade tende a ser mais agressiva em pacientes que manifestam a doença precocemente, como foi o caso de Frederik.

Robert afirma que, na manhã da sua morte, o jovem se encontrava debilitado e não conseguia realizar as suas atividades físicas de rotina e as tarefas mais simples como atender o telefone. Robert percebeu nesse momento que este seria possivelmente um dos últimos dias ao lado de seu filho.

“Essa foi a batalha que Frederik enfrentou, e esse foi o fardo que ele teve que carregar ao longo de sua vida. Ele sempre fez isso com graça e humor”, afirmou.