Best of Blues and Rock 2023: Tom Morello toca John Lennon com Extreme e Steve Vai
Nesta sexta-feira (2), no Ibirapuera, o primeiro dia do evento também teve Nanda Moura, Malvada e Extreme
Música|Daniel Vaughan, do R7
O Best of Blues and Rock começou, nesta sexta-feira (2), no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Completando dez anos de atividade, em 2023, o festival celebra o aniversário em três dias de shows com grandes nomes do blues e do rock mundial. Entre os destaques, estão Ira!, Dead Fish, Tom Morello, Extreme, Steve Vai, Goo Goo Dolls e Buddy Guy.
Neste primeiro dia, o público curtiu Extreme, Nanda Moura, Malvada e Tom Morello.
Por volta das 15h40, a brasileira Nanda Moura abriu com maestria o festival. Famosa pelo talento no blues tradicional, Nanda soltou a voz e tocou guitarra no palco. A cantora ainda foi acompanhada por músicos do histórico grupo Blues Etílicos: Otávio Rocha (guitarra), César Lago (baixo) e Gil Eduardo (bateria).
Depois do blues de Nanda, o rock pesado da Malvada esquentou o lugar. Formada somente por mulheres, a banda trouxe ao palco Angel Sberse (vocal), Bruna Tsuruda (guitarra), Marina Langer (baixo) e Juliana Salgado (bateria). No show, o grupo mostrou a turnê do disco de estreia, A Noite Vai Ferver, além de novidades e covers de Rita Lee, Janis Joplin e Jimi Hendrix.
Já o Extreme mostrou competência e riffs incendiários de guitarra, fazendo hard rock e baladas radiofônicas. Hits como More Than Words animaram os fãs.
Rock e Ativismo
A última atração da primeira noite foi Tom Morello, às 20h30. Mais famoso como guitarrista do Rage Against the Machine, que voltou à ativa em 2022, Tom acumula diversos trabalhos paralelos. Ele já compôs hits no finado Audioslave e tocou com Bruce Springsteen, além de fazer apresentações solo bem interessantes.
Sempre com a música andando ao lado do ativismo político, Tom Morello ajudou a inovar o som da guitarra a partir dos anos 1990, usando técnicas inusitadas que incluem até uma imitação de scratch de DJ no instrumento.
No palco do Best of Blues and Rock, o artista americano mostrou um pouco de tudo que foi descrito acima. Entre os destaques do show, estão as facetas de Tom solo (Hold The Line), em The Nightwatchman (One Man Revolution) e a parceria com Bruce Springsteen (Ghost of Tom Joad).
Para os fãs de Rage Against the Machine, o músico criou mix com riffs de guitarra do grupo, como Sleep Now in the Fire, Guerrilla Radio e outras. A plateia foi ao delírio.
Uma homenagem ao falecido parceiro de Audioslave, Chris Cornell, surgiu na bela Like a Stone, do famoso grupo. Um telão exibiu uma foto do cantor.
Outra ótima lembrança aconteceu em uma versão instrumental para o clássico Voodoo Child, de Jimi Hendrix.
Claro, os solos de guitarra foram um show à parte, com Tom Morello experimentando sons fora do comum entre as seis cordas.
Além do artista, também vale ressaltar a presença do Freedom Fighter Orchestra, grupo que acompanha Tom há muitos anos.
Já Cochise, do Audioslave, contou com as participações especiais do guitarrista Nuno Bettencourt e Gary Cherone, do Extreme. No bis, o hino do RATM, Killing in the Name, foi cantado pela plateia.
Além disso, subiram novamente ao palco a dupla do Extreme e o virtuoso Steve Vai (que toca amanhã no festival) para fazer uma versão de Power to the People, de John Lennon.
Neste sábado (3), o segundo dia do Best of Blues and Rock traz shows de Dead Fish, Artur Menezes, The Nu Blu Band, Steve Vai e Buddy Guy. Imperdível.
Veja fotos do primeiro dia de Best of Blues and Rock
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