Popozuda vira roqueira por um dia: "Também curto outros estilos"
O R7 convidou a cantora para um passeio na Galeria do Rock em SP
Música|Daniel Vaughan, do R7
Valesca Popozuda é um dos principais nomes do funk carioca. Mas será que ela curte rock? Pode parecer estranho para alguns, mas Valesca não só gosta do estilo como tem fãs roqueiros.
A declaração foi feita pela própria cantora durante um passeio inusitado na Galeria do Rock, no centro de São Paulo.
"Todos os gêneros musicais curtem meu som porque eu levanto a bandeira contra o preconceito"
O R7 convidou Valesca para uma entrevista no maior ponto de encontro rock'n'roll da América do Sul. E o resultado foi surpreendente. Se você achava que ela seria descriminada por cabeludos radicais, ganhou um "beijinho no ombro".
De óculos vermelhos, cabelão loiro e calça jeans rasgada, Valesca chamou a atenção logo de cara. Ela mal entrou na galeria e foi cercada para selfies com o público.
— Tenho muitos fãs de diversas idades e estilos. O pessoal do rock me para na rua para fazer fotos e elogiar. Eles falam: "Eu amo rock, mas o seu som é muito legal!" Isso é gratificante.
A frase acima é confirmada pelo repórter do R7, quando uma menina de uma loja especializada em estampar tecidos vem correndo com uma camiseta feita na hora para a cantora. Valesca fica emocionada ao ver o presente.
A carioca também confirma que tem ídolos em outros estilos. Em uma visita à tradicional loja de discos Baratos Afins, ela posou para fotos ao som de Rita Lee.
— Não é porque eu sou funkeira que eu não curto rock. Sou bem eclética em relação a música, então minha seleção passa pelo pagode, rap, MPB... e gosto mais dos clássicos do rock, como Beatles e Rolling Stones. Da nova geração, eu admiro a Pitty. Ela também tem atitude e luta pelos direitos da mulher, então isso me chama a atenção. A gente faria uma parceira incrível!
Valesca conta que sua postura empoderada quebrou padrões.
— Pessoas de gostos musicais diferentes prestaram mais atenção em mim quando eu passei a me expressar contra vários preconceitos. Porque não é só a música, é uma forma que o público tem de se identificar com os assuntos que eu abordo. E eu sou assim, sem medo, vou falando o que penso.
Debruçada na sacada de um dos andares do antigo prédio, Valesca olha para a famosa avenida São João e relembra o início de carreira.
— Na época da Gaiola das Popozudas, em 2007, eu vinha divulgar nosso trabalho em São Paulo. Daí, eu passeava pela Galeria do Rock, pois ficava hospedada ao lado. Fazíamos shows a noite e durante o dia a gente saia para "bater perna". (risos) Tem muita coisa legal e barata aqui, então o grupo comprava acessórios para compor o visual nos shows, como corpetes e corselets. Além disso, esse é um ponto cultural importante da cidade.
"Eu curto a Pitty porque ela tem atitude e luta pelos direitos da mulher"
Hoje, dez anos se passaram, e a cantora alcançou sucesso nacional. Diferente de Anitta, que também busca uma carreira internacional, a loira diz que vai continuar investindo no Brasil.
— Eu já viajei muito para fora do País com a Gaiola das Popozudas, mas agora não tenho vontade de sair daqui. Eu sou Rio, favela e Brasil. Mas não critico a Anitta, pois ela está certa em correr atrás desse sonho e se "jogar de cabeça".
No momento, Valesca divulga a dançante Tô Solteira de Novo (assista abaixo). A música é inspirada na própria funkeira, que está há cerca de dois anos sem namorar.
— Estou solteira mesmo, não é marketing. (risos) Por enquanto, eu "fico" e depois é só "contatinho"... a gente só se vê de vez em quando. (risos) E isso não quer dizer que é só "pegação"! Estar solteira é também se reencontrar e estar feliz consigo mesma.
Além do single, a loira ainda promete mais novidades para os fãs.
— Eu vou continuar trabalhando essa música e, em 2018, lançarei outras composições. E também vou preparar meu primeiro DVD solo. Fiquem preparados!