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Seu Jorge fala após sofrer ataques no Sul: 'Nunca nos curvaremos à intolerância'

Cantor publicou vídeo no Instagram em primeiro pronunciamento após o caso

Música|Do R7, com Agência Estado

Seu Jorge fala sobre ataques racistas que sofreu em Porto Alegre
Seu Jorge fala sobre ataques racistas que sofreu em Porto Alegre

O cantor Seu Jorge, alvo de ataques racistas durante uma apresentação no clube Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, na última sexta-feira (14), se pronunciou na noite de ontem pela primeira vez sobre o caso. Em um vídeo postado no Instagram, o artista se posicionou firmemente na luta contra qualquer tipo de preconceito.

"Estaremos bem mais fortes e unidos na luta intensa contra o racismo e toda forma de preconceito e discriminação. Vamos vencer essa guerra que segrega o nosso povo à miséria e à falta de oportunidade no Brasil. Que mata e maltrata nossos filhos, sobrinhos, primos, primas, irmãos e irmãs todos os dias. Estaremos na luta juntos denunciando e combatendo todo tipo de tipificação de nossa gente e respondendo com excelência, preparo, sabedoria e diplomacia", disse Seu Jorge.

"Nunca, jamais, nos curvaremos ao racismo e à intolerância, seja ela qual for. Não cederemos um milímetro sequer ao ódio e combateremos e cobraremos das autoridades que a Justiça prevaleça e os criminosos sejam punidos", completou o cantor.

O artista foi contratado para realizar um show em comemoração da reinauguração de um salão do clube e o crime teria ocorrido enquanto ele e a banda se preparavam para o "bis".


As denúncias surgiram pelas redes sociais, após internautas que estavam presentes no evento afirmarem que parte do público teria gritado ofensas depois de o músico convidar um jovem negro para tocar no palco.

Depois disso, ele teria feito um breve discurso contra a redução da maioridade penal e em defesa de jovens negros de comunidades brasileiras, o que teria sido a motivação para as injúrias raciais.


Em um dos relatos, uma pessoa diz que foram feitos sons de macaco e que alguém teria gritado palavras como "vagabundo" e "safado".

"Temos que combater o racismo estrutural e institucional do Brasil, promovendo meios e ferramentas para que a juventude negra brasileira possa seguir o seu caminho com oportunidade para buscar suas realizações e desenvolver suas capacidades", disse Seu Jorge.

Após a repercussão do ocorrido, o Grêmio Náutico União publicou uma nota oficial, afirmando que está "apurando internamente os fatos" e que, se comprovado o crime, os "envolvidos serão responsabilizados".

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