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Diretora de sucessos como Matrix e Sense8, Lilly Wachowski se assume mulher transgênero

Lana Wachowski, irmã de Lilly, se assumiu transgênero há alguns anos

Pop|Do R7

Lilly Wachowski, diretora, produtora e roteirista
Lilly Wachowski, diretora, produtora e roteirista

Juntas, as irmãs Wachowski são responsáveis por grandes sucessos da TV e do cinema como a trilogia Matrix, V de Vingança e a série Sense8. Lana, antes conhecida como Larry, se assumiu como mulher transgênero há cerca de quatro anos e nesta terça-feira (8), Lilly, antes conhecida como Andy, também se assumiu como mulher transgênero. 

A revelação foi feita em um comunicado para o Windy City Times, publicação voltada para o público LGBT.

— Sim, eu sou transgênero. E sim, fiz a transição.

Lilly falou sobre o preconceito ainda existente no mundo e sobre a violência que pessoas transgênero sofrem.


— Ser transgênero não é fácil. Quando você é transgênero, precisa encarar a realidade de viver o resto da sua vida em um mundo que é abertamente hostil com você. Eu sou uma das sortudas. Tendo o apoio da minha família e os meios para arcar com despesas médicas me deu a chance de verdadeiramente sobreviver a este processo. Pessoas trans sem apoio, dinheiro e privilégios não têm este luxo. E muitas não sobrevivem. Em 2015, o número de assassinatos de pessoas transgênero foi o maior de todos os tempos neste país. Um horrível e desproporcional número de vítimas era de mulheres trans negras.

A diretora conta na declaração que foi procurada diversas vezes pela mídia e inclusive pressionada. Um repórter do jornal The Daily Mail teria batido na porta de Lilly e pedido uma declaração. Ela revela que publicações queriam fazer matérias sem seu consentimento.


— "Mudança de sexo chocante! Irmãos Wachowski agora são irmãs!!!" Essa é a manchete que eu esperei ao longo do último ano. Até agora com receio ou revirando os olhos de irritação. A "notícia" quase saiu algumas vezes. Cada uma foi precedida por um fatídico e-mail do meu agente dizendo que repórteres pediam por declarações sobre a transição de gênero de Andy Wachowski que eles iriam publicar. Minha irmã Lana e eu evitamos a imprensa o máximo possível. Eu sabia que em algum momento teria que me assumir publicamente. Sabe, quando você está vivendo como uma pessoa transgênero, é difícil de esconder. Eu só queria e precisava de um tempo para colocar minha cabeça no lugar, me sentir confortável, mas aparentemente não sou eu que decido.

Lilly diz que o apoio de seus entes queridos foi fundamental.


— Me assumi para meus amigos e família. Muitas pessoas no trabalho sabem também. Todos lidam bem com isso. Graças a minha fabulosa irmã, eles já tinham passado por isso antes, mas também porque são pessoas fantásticas. Sem o amor e apoio de minha mulher, amigos e família, eu não estaria aqui hoje.

Ela pede que a discussão sobre o tema avance e fuja dos clichês e simplicidades.

— Mas as palavras "transgênero" e "transição" são difíceis para mim porque perderam a complexidade na mídia em geral. Falta uma nuance de tempo e espaço. Ser transgênero é entendido como existir nas designações de masculino e feminino. E "transição" implica uma espécie de imediatismo, um antes e depois, mas na realidade, a minha realidade, é que eu sempre estive em transição e que vou continuar por toda a minha vida, através do infinito que existe entre masculino e feminino e também entre o binarismo de zeros e uns. Precisamos elevar o diálogo além da simplicidade binária.

As irmãs Wachowski agora estão envolvidas com a segunda temporada da série Sense8, da Netflix.

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