Julio Iglesias diz que carreira de 50 anos como cantor é "um milagre"
Antuérpia foi a cidade escolhida para o início da turnê europeia de Iglesias, em comemoração ao meio século de história dele na música
Pop|Jill Serjeant, da Reuters
Aos 75 anos, o cantor Julio Iglesias já não pode mais correr e jogar futebol. Mas cantar por sólidos 50 anos? Isso, ele disse, é "um milagre" em sua vida.
A Antuérpia foi a cidade escolhida para o início da turnê europeia de Iglesias, no domingo (9), em comemoração ao meio século de carreira, pelo qual recebeu um Grammy de Contribuição em Vida.
Muito antes do porto-riquenho Ricky Martin chegar à cena pop e Despacito se tornar um sucesso, Iglesias embalava sucessos internacionais da década de 1980, como Begin the Beguine e To All the Girls I've Loved Before.
Ele vendeu mais de 300 milhões de discos em 14 idiomas, é o artista latino com mais cópias vendidas na história e, em 2013, foi nomeado o artista internacional mais popular na China.
Iglesias disse em uma entrevista que se sente privilegiado de ter uma carreira tão longa e rejeita preocupações levantadas pela imprensa espanhola sobre sua saúde recentemente. Ele se direcionou à música após um acidente de carro em 1963 que encerrou sua carreira em ascensão como jogador de futebol.
"Aos 75 anos, é claro que não posso jogar futebol. Não consigo correr, mas estou em perfeitas condições", afirmou. "Ainda tenho paixão em meu coração. Se eu não cantar, meu coração não bate tão forte... Cinquenta anos na estrada, me apresentando da China à Finlândia, é um milagre."
Após todos esses anos, Iglesias disse que ainda sente arrepios diante do público.
"O sentimento é o mesmo. Você fecha seus olhos e está no palco e sente o calor das pessoas", afirmou.
"Sou um artista que é 1.000% grato às pessoas. Eu vou pertencer às pessoas até a morte", acrescentou.
Após passar o mês de junho em turnê na Europa, Iglesias volta aos Estados Unidos para shows a partir de setembro.
Uma apresentação em tributo aos homenageados com o Grammy de Contribuição em Vida vai ser televisionada nos EUA pela PBS posteriormente neste ano. Entre os artistas consagrados pelo prêmio, estão nomes como Black Sabbath, George Clinton & Parliament Funkadelic, Sam & Dave, Dionne Warwick, Ashford & Simpson e Johnny Mandel, além dos já falecidos Billy Eckstine e Donny Hathaway.