Natalie Portman diz que estrear como diretora em Cannes foi um desafio
Atriz vencedora do Oscar dirige a biografia De Amor e Trevas, sobre o escrito Amos Oz
Pop|Rollo Ross, em Cannes, na França

Natalie Portman interpretou uma bailarina mergulhada em um trauma psicológico em Cisne Negro, mas a atriz israelense disse ter tido muito apoio durante a direção de seu primeiro filme, sobre a infância do escritor e conterrâneo Amos Oz, exibido no Festival de Cannes.
Natalie dirige e estrela De Amor e Trevas, baseado no romance autobiográfico de Oz de mesmo título, que se concentra em sua relação com a mãe, Fania, que se suicidou quando Oz tinha 12 anos.
Vivida por Natalie, ela era uma judia polonesa refugiada de família rica que se sentiu perdida em meio à pobreza e à violência de Jerusalém durante o período da formação do Estado de Israel, em 1948. No filme, ela anseia pelas florestas de sua infância e imagina histórias fantásticas para entreter o filho, até que o desespero toma totalmente sua vida.
“Foi uma experiência realmente incrível”, contou Natalie à Reuters em entrevista no domingo ao falar sobre a produção do filme, que recebeu críticas mistas depois de estrear fora da competição em Cannes. Indagada por que quis dirigir um filme, Natalie respondeu que precisava de uma mudança.
— A maneira de se sentir vivo é mudar e tentar coisas novas, estimular a si mesmo, ter medo, fazer coisas de que você tem medo. Foi realmente desafiador, mas acho que cada desafio tem me ajudado a crescer mais, e por sorte tive muitas pessoas ao meu redor – minha família, meus amigos e minha equipe, que me ajudaram demais, de tal maneira que me senti muito apoiada e jamais foi uma crise existencial fazê-lo.
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A revista Trade classificou o resultado como um filme “que causa uma empatia morna” e dependerá do estrelato de Natalie para emplacar, enquanto o jornal britânico Guardian viu “uma adaptação séria e bem feita” do livro.