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Zeca Baleiro lança disco de inéditas e prepara novo projeto para o mercado musical infantil

Cantor ainda comenta sucesso sem apoio da mídia e convites para entrar na política

Pop|Helder Maldonado, Do R7

Zeca Baleiro: cantor vai investir novamente em música infantil
Zeca Baleiro: cantor vai investir novamente em música infantil

Com vinte anos de carreira, Zeca Baleiro faz o tipo de artista que garantiu o sucesso sem abrir concessões ou se tornar uma unanimidade da MPB.

A trajetória do músico, segundo o próprio, se resume basicamente a muito trabalho. E também, claro, à sorte de possuir uma base de fãs que acompanha o artista independente da sua música tocar ou não nas rádios ou de ele aparecer na TV. Um fenômeno que se repete entre os seguidores fiéis de gente como Humberto Gessinger e Los Hermanos.

"Há pessoas que me acompanham desde o primeiro CD, outros ficaram pelo meio do caminho. Outros surgiram a partir do quarto disco, e outros surgirão a partir do próximo. É assim mesmo, especialmente nesses tempos em que há tanta informação e oferta pairando no ar", avalia, provando que os admiradores também se renovam ao passar do tempo.

Recentemente, ele lançou mais um disco de inéditas, Era Domingo, o 11º de uma carreira que começou com o premiado Por Onde Anda Stephen Fry?. O projeto sucede um álbum infantil gravado anteriormente pelo cantor, que agora também se aventura por essa área em crescimento no Brasil.


"Quando tive meus dois filhos, que hoje têm 18 e 16 anos, fiquei tomado daquele universo nonsense das crianças e compus mais de 100 canções. Foi isso que me motivou. Desde então acalentei a ideia de gravar um disco — dois, na verdade, porque virá o volume 2, já composto. Era pra gravar há uns 12 anos, mas outros projetos foram se impondo e acabei adiando. Adiei tanto que meus filhos já estão quase adultos. Agora, acabo de lançar um DVD com 11 animações", explica.

Inquieto, Zeca também acumula projetos em outras áreas, como as crônicas e a literatura. Em entrevista exclusiva ao R7, o músico explica essa versatilidade, comenta sobre os convites que recebeu para entrar no mundo da política e conta o que anda ouvindo no momento.


R7 — Antes deste projeto de inéditas, você lançou um disco de músicas infantis. Como decidiu investir nessa área?

Zeca Baleiro — Quando tive meus dois filhos, que hoje têm 18 e 16 anos, fiquei tomado daquele universo nonsense das crianças e compus mais de 100 canções. Foi isso que me motivou. Desde então acalentei a ideia de gravar um disco — dois, na verdade, porque virá o volume 2, já composto. Era pra gravar há uns 12 anos, mas outros projetos foram se impondo e acabei adiando. Adiei tanto que meus filhos já estão quase adultos. Agora, acabo de lançar um dvd com 11 animações.


R7 — Zeca, como você conseguiu formar uma base de fãs tão fiel, mesmo não tendo exposição constante na mídia?

Zeca Baleiro — Acho que foi com trabalho, muito trabalho. Há pessoas que me acompanham desde o primeiro CD, outros ficaram pelo meio do caminho. Outros surgiram a partir do quarto disco, e outros surgirão a partir do próximo. É assim mesmo, especialmente nesses tempos em que há tanta informação e oferta pairando no ar.

R7 — Você também tem atuado como escritor de crônicas. Acredita que, como compositor, sua obra visita diversos gêneros musicais, músicas líricas, crônicas bem-humoradas e críticas, enfim, supera rótulos?

Zeca Baleiro — O compositor era na origem um cronista de costumes, um trovador, um arauto. Com o tempo se perdeu isso. O exercício da crônica na minha vida vem da necessidade de estender certas discussões para além do escopo da canção. Mas antes de tudo sou compositor.

R7 — Você é presença constante em festivais pelo interior do Brasil, em shows gratuitos, e em projetos com ingresso a baixo custo. É intencional? Você se preocupa com a democratização do acesso à cultura?

Zeca Baleiro — Sim, é intencional. Não posso tocar só para pessoas com algum poder aquisitivo, seria uma espécie de traição à arte [risos]. Isso é um tema que me preocupa sim. Ponha uma orquestra na favela e haverá público para ela. É pela educação e pela cultura que se transforma um país.

R7 — Como você avalia o mercado de música no Brasil? Existe espaço para inovação ou alguém como você tem que batalhar mais para conseguir visibilidade?

Zeca Baleiro — Sempre houve espaço para inovação, mas é um espaço cada vez mais restrito, que exige coragem, porque há riscos grandes envolvidos. Batalhar, temos que batalhar sempre, pois ninguém está "seguro" nesse mercado instável que é o mercado brasileiro. Mas guerrear é bom, dá sentido às nossas vidas.

R7 —Você sempre foi muito politizado. Já pensou em disputar algum cargo ou aceitar alguns dos convites que foram feitos para você assumir cargos em secretarias?

Zeca Baleiro — Não [risos]. Não tenho estômago para isso.

R7 —Você já se mostrou fã da Jessie J. O que tem ouvido de novo no Brasil e da produção gringa?

Zeca Baleiro — Da música gringa, coisas que meus filhos me apresentam: artistas do folk e do reggae alternativos e bandinhas hype também. No Brasil, tenho ouvido uns autores interessantes: Leandro Coelho, Rodrigo Bittencourt, Vanessa Bumagny... mas, quando quero ouvir música, opto pelos clássicos. Inevitável.

Show

Local: Tom Brasil

Rua Bragança Paulista, 1.281 – Chácara Santo Antônio

Data: 22/10/2016

Horário de início do show: 22h

Horário de abertura da casa: 2h antes do espetáculo

Censura: 14 anos

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