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Samurai Shirô: A história de vingança e yakuzas que se passa no Brasil

Quadrinista Danilo Beyruth comenta como foi a produção da HQ que é cheia de dinâmica e mistérios

Apuração HQ|Do R7

A temática do quadrinho consegue ser atual e ainda mesclar com lendas japoneses. Cada detalhe dessa história foi pensado com cuidado para não passar do ponto, é possível ver o esmero do autor e da editora em cada página. Samurai Shirô é um triller policial repleto de ação e suspense, a trama é construída por três personagens principais que acabam se encontrando. Akemi vive no bairro da Liberdade, é jovem e acabou de perder o avô, ela precisa lidar com a morte e com novos problemas que acabou encontrando após uma briga em um bar. Um homem acorda no hospital, e sem memória, sua única ligação com o passado é uma katana antiga feita no Japão. O terceiro personagem é um Yakuza que busca vingança.

os três personagens principais da história
os três personagens principais da história os três personagens principais da história

Toda a história se desenvolve em ritmo alucinante, tudo acontece de forma dinâmica, mas sem perder o sentido. O autor acelerou a história e a transformou em um típico filme de ação que faz sucesso em Hollywood. O grande acerto foi a criação de Akemi, uma personagem muito forte e que passa emoção, isso faz com que o leitor se preocupe com ela em cenas de ação. Os outros personagens carregam os mistérios e vão revelando as peças do quebra-cabeça aos poucos. É impossível largar a leitura até descobrir tudo que a história tem a dizer. O desenho de Danilo Beyruth, apesar de ser digital, é muito bonito e consegue dar movimento nas lutas e ainda traduz o sentimento dos personagens.

Durante a produção do quadrinho houve muita preocupação com os detalhes da cultura japonesa, um especialista foi contratado para revisar todo o trabalho e enriquecer o material. E Danilo revelou que fez uma enorme pesquisa. "Até livros sobre um caso real de Yakuza, muitos filmes e o revisor que checou cada um dos ideogramas para ver se estavam todos corretos. Vários lugares foram pesquisados para criar um cenário real do Japão", explica.

As cenas que se passam, na Liberdade, também foram inspiradas em cenários reais. "Eu frequento o bairro da Liberdade, tem algumas esquinas ali que talvez você reconheça onde que é, mas eu não usei um lugar específico real que existe... O bairro que está no quadrinho é inventado, mas é baseado nos lugares que realmente existem lá", revela Danilo Beyruth.

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Danilo é um dos quadrinistas nacionais mais consagrados e trabalhou em diversos quadrinhos reconhecidos por crítica e público como: Astronauta do selo Graphic MSP, Bando de Dois e Necronauta. Fora do Brasil, ele trabalha para a gigante Marvel Comics e já desenhou Guardiões da Galáxia, Ghost Rider e Cable. Nos últimos dez anos, lançou dez quadrinhos autorais. "Você tem que achar o ponto de equilíbrio, alguns desenhistas dizem que você primeiro precisa ficar bom, depois você fica rápido e depois você fica bom e rápido. Eu acho que você aprende com cada material e em alguns casos o desenho fica mais elaborado e em outros o desenho é mais simples. Cada material vai pedir uma coisa e o artista está sempre querendo crescer", conta Danilo Beyruth.

Danilo Beyruth durante lançamento do quadrinho na Ugra Press
Danilo Beyruth durante lançamento do quadrinho na Ugra Press Danilo Beyruth durante lançamento do quadrinho na Ugra Press

O quadrinho conta com 180 páginas e o acabamento é de luxo, feito pela Editora Darkside. Que recentemente começou a trabalhar com histórias em quadrinhos nacionais, já lançou Imaginário Coletivo de Wesley Rodrigues, e agora, Samurai Shirô. E pretende lançar outras obras. "Estamos recebendo proposta de alguns autores e procurando outros autores também. Temos a ideia de fazer uma coletânea juntando alguns autores nacionais, temos planos sólidos para publicar mais quadrinhos nacionais", revela Lielson Zeni editor da Darkside Books.

A entrada da Darkside no ramo dos quadrinhos expandiu o número de leitores, que antes não se interessavam tanto por HQs. "É um público que não estava acostumado a ler quadrinhos e de repente conhece e passa a se interessar. E espero que não compre apenas os quadrinhos da Darkside, mas também outros bons quadrinhos que estão sendo lançados", finaliza Lielson. Isso motivou também Danilo a procurar a Darkside, a história estava quase pronta quando editora e autor chegaram a um acordo. "A Darkside é uma editora jovem que já tem um reconhecimento muito grande, é uma editora que em pouco tempo se colocou em uma boa situação no mercado. Isso é uma das coisas que mais me atraiu em trabalhar com eles, ser uma editora que pensa fora da caixa e faz as coisas de forma diferente", explica.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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