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Cansado, porém dedicado: Tom Cruise carrega nas costas o fim (ou não) de Missão: Impossível

Aos 62 anos, astro desafia os limites mais uma vez, mas filme parece mais preocupado em fechar um ciclo do que em surpreender

Cine R7|Cris Massuyama, em Cannes (França)

Tom Cruise em cena de Missão: Impossível - O Acerto Final Reprodução - via Correio do Povo

Tom Cruise é insubstituível. Verdade ou não, aos 62 anos ele trabalha para manter essa máxima viva. “Tom não usa dublês nem para a gravação de um close no pé. Poderia ser qualquer outra pessoa, mas ele faz questão. Tom quer dar a intenção certa para cada cena”, explicou o diretor Christopher McQuarrie, em uma entrevista durante o Festival de Cannes, na França.

McQuarrie é o principal parceiro do ator nos últimos projetos. Agora, a franquia que tem sido comandada pelos dois chega ao fim - ou não. Missão: Impossível - O Acerto Final vem para fechar um ciclo de quase 30 anos de aventuras do agente Ethan Hunt nos cinemas. Mas, em Cannes, o ator desconversou sobre o encerramento. Ele prefere falar sobre o tema favorito: o impossível.

Os últimos filmes da franquia ficaram marcados. Cansado, porém dedicado: Tom Cruise carrega nas costas o fim (ou não) de Missão: Impossível por cenas épicas em que o ator desafia todas as leis da física. Mas a sensação é de que O Acerto Final se preocupa mais em tentar celebrar o passado de glórias e amarrar as pontas de três décadas do que em inovar. As melhores sequências de ação parecem já ter sido vistas em outros filmes da série.

Tom Cruise surge cercado por coadjuvantes fracos. Sobra apenas algum carisma de Simon Pegg, como o sempre simpático alívio cômico Benji. A química com a mocinha Grace (Hayley Atwell) pouco funciona. Difícil acreditar que Ethan Hunt sacrificaria o mundo para salvá-la. O personagem parece emular a persona do Tom Cruise da vida real - um lobo solitário obcecado pelo ofício, apesar dos recentes boatos de um affair com a atriz Ana de Armas.


Os vilões também não ajudam. Caricatos, fazem os fãs da franquia sentirem falta de tipos maquiavélicos como o personagem de Philip Seymour Hoffman em Missão: Impossível 3. Tudo montado para que Tom Cruise seja o protagonista absoluto em todos os momentos. E, nesse quesito, o astro não decepciona.

A trama sabe criar expectativa ao longo de quase três horas. Mas a espera por uma cena de ação de tirar o fôlego nos momentos decisivos acaba um tanto frustrada. A sensação é de que O Acerto Final estranhamente é menor do que o filme anterior, O Acerto de Contas. Talvez por isso Tom Cruise não queira falar muito sobre o fim. Quem sabe Ethan Hunt ainda tenha mais para acertar com o público.

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