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‘Extermínio: A Evolução’ tem fôlego para revigorar (mais uma vez) os filmes de zumbi

Longa dirigido por Danny Boyle chegou aos cinemas nesta quinta-feira (19)

Cine R7|Lucas Tinoco*

Jamie e Spike fogem de zumbis em cena de 'Extermínio: A Evolução' Divulgação

Desde que George Romero usou os zumbis como metáfora para uma crítica social em A Noite dos Mortos-Vivos, em 1968, essas criaturas foram ficando cada vez mais relevantes na cultura pop.

Extermínio, dirigido em 2002 por Danny Boyle, ajudou a revigorar um pouco o gênero. O filme contava com uma fotografia mais crua e sem tanto formalidade, além de zumbis ágeis e diferente dos apresentados há décadas.

Agora, 23 anos depois, a franquia que sempre prezou pela inovação tem um novo filme lançado. Extermínio: A Evolução chegou aos cinemas na última quinta-feira (19). Mas será que a produção de Boyle continua relevante?

A trama acompanha Spike, um garoto de 12 anos, e seu pai Jamie vivendo em uma comunidade afastada do caos que se tornaram as cidades com um vírus que infectou diversas pessoas.


Os dois vivem em sintonia, até que Spike decide procurar um médico para a sua mãe, Isla, por conta de uma doença desconhecida, o que o faz se aventurar pelos devastados e perigosos núcleos de zumbis.

Danny Boyle, aqui, tenta repetir seu feito inicial e estilizar ao máximo o longa. Todas as mortes parecem precisar de uma câmera lenta e diversos cortes para estimular o público a acreditar que, mais uma vez, a temática dos mortos-vivos está longe de saturada.


A fotografia em nenhum momento quer mostrar naturalidade. As cores vibram por grande parte das cenas, quase atacando os espectadores com tanto brilho e coloração em um filme sobre mortes.

Extermínio: A Evolução tenta ousar na parte técnica, seja pela fotografia, por estilos de câmeras dinâmicas, montagens diferenciadas ou por gargantear sobre ter sido gravado com um Iphone 15 Pro Max. O que funciona para gerar o ar caótico que paira sobre os protagonistas.


A narrativa, apesar de simples, replica os mesmos atos do início da franquia, mas, agora, em um novo ambiente, com a natureza muito mais presente, e sendo um dos principais destaques do título, agora trazendo um mistério em relação aos arredores de Jaime e Spike.

A direção trabalha muito mais com o visual do que com o roteiro. Os diálogos repetem o que já vimos nas relações de pais e filhos outras inúmeras vezes no gênero, como em The Last Of Us, The Walking Dead ou A Estrada.

O que faz de Extermínio: A Evolução uma obra diferente é a anormalidade de como em uma história que deveria ser, supostamente, dramática, por retratar diversas mortes e vísceras em tela, acaba mostrando certo tom cômico, anárquico e disruptivo.

Isso tudo revela que Danny Boyle ainda tem fôlego para habilmente inovar no gênero que ajudou a aprimorar.

*Sob supervisão de Lello Lopes

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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