‘Looney Tunes — O Dia Que a Terra Explodiu’ diverte resgatar espírito clássico
A nova produção da famosa série animada chega aos cinemas nesta quinta-feira (24)
Cine R7|Lucas Tinoco*

Há certa falta de animações extremamente cômicas e até sem sentido hoje em dia. Assim, retomar o saudosismo desse tipo de arte não seria errado. E é aí que entra Looney Tunes — O Dia Que A Terra Explodiu, que estreia nesta quinta-feira (24) nos cinemas.
A trama conta um episódio a princípio banal na vida de Gaguinho e Patolino: arrumar um telhado que foi destruído por alguma coisa. O que foi essa coisa? Alienígenas invadindo a Terra.
Já é possível perceber em sua premissa o resgate de um tom cinquentista na animação. Afinal, histórias sobre a invasão à Terra foram tratadas de forma extensiva na década de 50.
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Também é perceptível que o filme tenta se estabelecer como um resgate às origens dos personagens. Aqui temos muitas piadas bobas envolvendo explosões, marteladas, brigas e enfrentamento físico da maneira mais imaginativa que algo do gênero poderia ser.
Protagonistas e coadjuvantes viram poeira, voltam, são arremessados a distâncias inimagináveis e expõe a sua composição esquelética em tela somente para voltarem na cena seguinte, como se nada houvesse ocorrido.
Não somente em sua comicidade que Looney Tunes preserva seu senso vintage, mas, também, na relação entre os heróis. Patolino e Gaguinho são atrapalhados, isso é fato, mas sempre possuem o senso de fazer o certo, até mesmo quando sua própria residência é ameaçada por seres de outro planeta.
Os dois são protagonistas justos, sem uma tentativa de desconstrução, como já virou a norma no gênero. Gaguinho tem até um interesse amoroso no filme, mas não como um romance natural, e sim com o clichê mais hollywoodiano possível, com luzes douradas e um embelezamento, partindo para algo que também foca no clássico.
Em meio a tiros que não fazem coisa alguma e explosões que parecem remotas de tão recorrentes, ainda há a animação em si. No novo filme de Looney Tunes, tudo é feito à moda antiga.
O 3D, que se tornou quase um artifício usual e preguiçoso da forma como vem sendo feito, não tem destaque algum aqui. Os realizadores sabem que para uma narrativa como essa que resgata um senso jocoso antigo, é necessária uma forma de desenho mais retrô.
Tudo é feito no 2D e é nítido o trabalho minucioso e quase à mão exercido, com personagens extremamente bem definidos em seus traços. A animação se entende como um resgate ao clássico e sabe que necessita disso para se firmar.
Assim, ao chegar ao seu fim, é quase impossível não associar Looney Tunes aos numerosos desenhos animados, hoje considerados errados, mas que possuem um charme inegável.
*Sob supervisão de Lello Lopes
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