‘Missão: Impossível - O Acerto Final’ é filme para desligar o cérebro (não que isso seja ruim)
O encerramento da franquia chega cheio de expectativas aos cinemas nesta quinta (22)
Cine R7|Julia Pujar*

Após 29 anos e sete filmes, a franquia Missão Impossível chega ao fim. Missão Impossível - O Acerto Final, que estreou nesta quinta-feira após ter sido exibido em primeira mão no Festival de Cannes, tem como tarefa concluir a história iniciada no filme anterior, mas também dar um fim digno a jornada do protagonista Ethan Hunt e uma despedida a Tom Cruise.
No novo capítulo, Ethan Hunt (Tom Cruise) embarca em uma jornada perigosa para impedir que uma nova arma que ameaça toda a humanidade caia nas mãos erradas. Para isso, o espião conta com a ajuda da equipe da IMF formada por velhos e novos membros.
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Missão Impossível: Acerto de Contas Parte Um, o antecessor do oitavo e novo filme, é um longa completo. A produção consegue mesclar a ação e a espionagem, ao mesmo tempo que apresenta novos personagens, reintroduz velhos conhecidos e estabelece a ameaça da vez. Assim, Missão Impossível - O Acerto Final não tinha muito com o que trabalhar além de concluir todos os pontos levantados anteriormente.
Com todos os personagens já sabendo o que devem fazer, o fator investigação do filme é praticamente excluído. Unido a um vilão que, se já era ruim no filme anterior, neste fica ainda mais sem substância, o foco no “tiro, porrada e bomba” transforma a produção em apenas mais um exemplar do gênero ação, sem muito do toque especial da franquia. A trama apela até mesmo para elementos extremamente genéricos, como a figura do presidente dos Estados Unidos.
Tudo isso torna Missão Impossível - O Acerto Final ruim? Não, longe disso. Este é um ótimo exemplar de filme para “desligar o cérebro”, ou seja, que irá entreter o espectador durante a exibição, mas que irá sair da mente assim que rolarem os créditos. Porém, isso não torna a experiência negativa.
A investida na ação traz cenas bem coreografadas e visualmente deslumbrantes, com as marcantes “maluquices” de Tom Cruise. Aqui, o destaque fica para a sequência do submarino e a do avião, que além de encherem os olhos com a beleza, aceleram o coração pela adrenalina.
Os atores também não deixam a desejar. Tom Cruise conhece o personagem melhor do que ninguém e já sabe o que funciona ou não para a composição, assim como Simon Pegg com seu energético Benji e Ving Rhames com o doce Luther. O destaque, então, fica para as novas adições, especialmente para Hayley Atwell, que segue construindo o desenvolvimento da personagem Grace e consegue manter o nível de Tom Cruise nas cenas em que assume o protagonismo.
No mais, os fãs da franquia podem se divertir com algumas aparições de personagens e referências que por vezes são bem posicionadas, mas outras um pouco forçadas. A clássica cena de Ethan descendo por uma corda do primeiro filme, por exemplo, é tão citada que, se juntar todos os pedaços, deve estar inteira no filme.
Missão Impossível - O Acerto Final pode ser só mais um entretenimento sem muita profundidade narrativa, mas não deixa de ter o seu valor. O longa promete ser o último da franquia, mas sabemos que nada está acabado por muito tempo em Hollywood.
*Sob supervisão de Lello Lopes
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