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‘Moana 2′ explora os dilemas do amadurecimento e prova que história da princesa não está esgotada

Filme chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (28)

Cine R7|Laura Margutti*

'Moana 2' chega aos cinemas nesta quinta-feira Divulgação

Se Moana já é o filme mais assistido da história do Disney+, segundo relatório da Bloomberg de 2024, a pergunta que surge é: seria necessária uma sequência para uma produção tão bem-sucedida? A resposta vem no desenrolar do novo capítulo. Moana 2, que estreia nesta quinta-feira (28) nos cinemas, surpreende ao introduzir novos personagens e enriquecer uma narrativa que, ao contrário do que muitos imaginavam, ainda não está esgotada.

Em entrevista à EW (Entertainment Weekly), Jennifer Lee, chefe de criação da Walt Disney Animation, revelou que inicialmente a ideia era produzir uma série sobre o universo da personagem. Contudo, o roteiro cresceu em ambição e transformou-se em um longa-metragem. O resultado é uma história que apresenta uma Moana mais madura, enfrentando novos desafios enquanto busca fortalecer os laços entre os povos das ilhas do Pacífico.

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Desta vez, a jovem que conquistou o público com sua coragem e determinação enfrenta dilemas que vão além das aventuras. Mais velha e com novas responsabilidades, Moana embarca em uma ilha que está adormecida. O filme explora com profundidade as mudanças que permeiam suas decisões, trazendo à tona um tema raro em histórias de princesas da Disney: o envelhecimento.

Simea, irmã mais nova de Moana, é uma das personagens que mais brilha no filme Divulgação

A estreia de Dave Derrick Jr. como diretor também merece destaque. Ele revelou à EW que se inspirou em sua filha para a criação de Simea, irmã mais nova de Moana e uma das personagens que mais brilha no filme, trazendo sensibilidade e contraste com o crescimento da protagonista.


A nova aventura nos mares conta com uma tripulação escolhida pela princesa, composta por habitantes da ilha. O grupo traz dinamismo à história, equilibrando humor e emoção. O principal antagonista do projeto é, novamente, uma divindade, desta vez responsável por dividir populações ao esconder a mítica ilha de Montufetu, um ponto essencial que conecta os diferentes povos.

Desde o início, o público também é introduzido à história de Matangani, uma segunda antagonista com a habilidade de controlar morcegos. Suas cenas têm muito impacto visual, criando momentos de tensão que instigam o telespectador.


Moana 2 reforça a inspiração em povos originários, trazendo uma riqueza cultural que valoriza o visual do filme. A animação, que conta com riqueza de cores e detalhes, enfatiza elementos como tatuagens, animais marítimos e natureza. Além de mostrar a ancestralidade e contato de Moana com personagens importantes da trama que já morreram, reforçando as raízes religiosas da cultura da princesa. Essa influência também se estende à trilha sonora, com novas composições que dialogam com as músicas marcantes do primeiro longa. Em alguns momentos, as trilhas são divertidas e cantadas pelos viajantes; em outros, revelam a introspecção de Moana.

Ainda que o final da obra siga a linha de “finais felizes” que é comum a filmes da Disney, há um elemento surpreendente que diferencia Moana de todas as outras princesas. A singularidade cultural da obra, mais uma vez, é comprovada.

*Sob a supervisão de Lello Lopes

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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