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Cinema de Segunda
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‘Furiosa’ usa ação alucinante para mostrar a beleza e a brutalidade da natureza humana

Filme estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (23)

Cinema de Segunda|Lello LopesOpens in new window

Anya Taylor-Joy em cena de 'Furiosa' (Divulgação)

Furiosa: Uma Saga Mad Max, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (23), não faz concessões. A natureza humana é mostrada em tela de maneira crua. A brutalidade do mundo devastado leva à violência extrema. E a resiliência é o caminho possível para manter viva a esperança. Tudo isso embalando o melhor que o cinemão de ação consegue produzir.

O diretor George Miller encaixa muito bem essas peças e entrega um grande espetáculo visual. É claro que o filme não tem o frescor mostrado em Mad Max: Estrada da Fúria, de 2015, mas ainda assim é um desbunde. A ação é alucinante.

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A história se passa antes dos acontecimentos de Estrada da Fúria. Na trama, uma jovem Furiosa é sequestrada por uma horda de motoqueiros liderada pelo Senhor da Guerra Dementus (Chris Hemsworth, excelente no papel). Ela acaba na Cidadela controlada por Immortan Joe e, com isso, fica no meio da briga dos dois pelo poder.

Arrancada de um oásis de prosperidade, Furiosa luta para sobreviver enquanto enche a alma de esperança e desejo de vingança. Essa dualidade também pode ser vista em Dementus, um bandoleiro cruel que desfila por aí carregando um ursinho de pelúcia dos filhos assassinados.

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Hemsworth acerta o tom do seu Dementus, que mistura a loucura com uma certa ternura nesse mundo sem esperança. Já Anya Taylor-Joy não consegue entregar o drama que a Furiosa exige. A inevitável comparação com Charlize Theron, que interpretou o papel em Estrada da Fúria, só aumenta essa sensação.

Mesmo assim, os dois personagens se completam em cena, até chegar a um final catártico.

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É curioso ver como uma franquia que nasceu de um filme B quase amador se transformou em um dos produtos mais aclamados do século 21. Mérito de Miller, que criou uma estética própria de encher os olhos do espectador.

Aos 79 anos, ele ainda mostra uma disposição de estreante. Uma cena de perseguição, com 15 minutos de duração, demorou 78 dias para ser filmada e resume todo o talento do diretor. Cada segundo na tela é de tirar o fôlego.

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Em Cannes, onde Furiosa fez a sua estreia mundial na semana passada, Miller mostrou disposição para contar outras histórias do universo de Mad Max. Sorte a nossa.


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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