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Cinema de Segunda

‘O Massacre da Serra Elétrica’ faz 50 anos e segue como influência máxima do terror slasher

Filme foi lançado nos Estados Unidos em 11 de outubro de 1974

Cinema de Segunda|Lello LopesOpens in new window

Leatherface em cena de 'O Massacre da Serra Elétrica' Divulgação

Freddy Krueger, Jason, Michael Myers, Chucky, Ghostface... Os maiores serial killers do cinema só podem andar para pegar as suas vítimas porque Leatherface correu antes deles. O Massacre da Serra Elétrica, filme que definiu o slasher, comemora 50 anos nesta sexta-feira (11).

É claro que é muito difícil definir qual filme começa um gênero ou subgênero, já que um movimento normalmente é a soma de várias influências. Mas é fato que O Massacre da Serra Elétrica é uma pedra fundamental da criação do slasher.

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O subgênero do terror envolve um assassino (ou um grupo de assassinos) em série, que persegue as suas vítimas e as mata com requintes de crueldade, de preferência com violência gráfica mostrada em cenas sangrentas.

Já tínhamos visto um pouco disso no britânico A Tortura do Medo e no clássico Psicose, ambos de 1960, ou no giallo italiano dos anos 60, principalmente com Mario Bava. Mas foi no filme de 1974 dirigido por Tobe Hooper que o slasher ganhou a sua fórmula matadora (sem duplo sentido).


A começar pelo vilão icônico. Leatherface, o canibal que se esconde em uma máscara feita com pele humana e persegue as vítimas com uma motosserra (a serra elétrica é invenção da versão brasileira), é um dos maiores símbolos do cinema de horror.

Outro ponto consolidado por O Massacre da Serra Elétrica foi a presença da final girl, a garota que sobrevive ao massacre (sem duplo sentido também). Sally Hardesty, interpretada por Marilyn Burns, é um exemplo perfeito desse tipo de personagem.


Além disso, a violência explícita para contar a história da família de canibais que aterroriza jovens do Texas (vagamente inspirada na história real do assassino Ed Gein) fez com que o filme virasse um marco no cinema de horror.

Mesmo com um orçamento baixíssimo (US$ 140 mil) e uma distribuição restrita, o filme foi um sucesso, conquistando uma bilheteria de US$ 30 milhões e abrindo caminho para uma franquia (outra característica do slasher) com nove filmes.


O bom resultado fez com que outros produtores apostassem na fórmula, que ficou bem popular no final dos anos 70 e nos anos 80 com filmes como Halloween - A Noite do Terror, Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo e Brinquedo Assassino.

A fórmula é seguida até hoje, vide o sucesso de Terrifier, que vai estrear o seu terceiro filme no final deste mês, ou o aclamado canadense Uma Natureza Violenta.

A própria franquia O Massacre da Serra Elétrica teve um filme recentemente, lançado no streaming em 2022. Foi o capítulo final, mas, como todo bom slasher, pode reviver a qualquer momento.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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