Bandas de metal se reúnem em festival que acontece no prédio do antigo DOPS em BH
Drowned, Witchhammer, The Harpia e HellWay Train tocam em prédio ocupado em Beagá
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

36 anos depois, onde um dia foi o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), acontece neste sábado (02) em Belo Horizonte um festival de heavy metal especial. Dentro da ocupação no Memorial dos Direitos Humanos, no centro da capital mineira. E a entrada custa um detergente.
Bandas clássicas do selo Cogumelo Records, Witchhammer e Drowned, se unem ao explosivo Hellway Train (do eletrizante vocalista Marc Brito) e os novos The Harpia, no festival chamado Underground pela Resistência.
Os shows acontecem na entrada, praticamente na rua, do prédio de arquitetura modernista construído em 1948. A localidade sempre serviu para o Estado de Minas Gerais como referência de localização como prédio para as forças de segurança.
Além do DOPS, que ficou no “meio” da Afonso Pena por mais de 30 anos (de 1958 a 1989), funcionou no prédio o Detran (Departamento de Trânsito de Minas Gerais) e o Deoesp (Departamento Estadual de Operações Especiais).
Imóvel tombado
Em 2016, o imóvel foi tombado pelo IEPH, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Dois anos depois, o Governo de Minas lançou o projeto do Memorial dos Direitos Humanos Casa da Liberdade, elaborado pela historiadora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Heloísa Starling, com exposições, espaços para oficinas, seminários, um centro de pesquisa com documentos do Estado Novo (1930-1945) e da ditadura militar.
Apesar da cerimônia de lançamento do projeto em abril de 2018, o museu nunca chegou a funcionar (e sequer foi aberto!), devido a diversos atrasos nas obras (agravadas devido à pandemia).
O Ministério Público Federal instaurou um inquérito para fiscalizar a situação. “O DOPS foi um órgão de inteligência e repressão do governo brasileiro durante a ditadura, agindo para perseguir, sequestrar e torturar os presos políticos”, disse texto do Ministério Público Federal, apresentado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em abril deste ano.
“Acho muito importante a gente participar disso. O metal em si é um movimento de liberdade, de confronto a repressão. A criação do Memorial dos Direitos Humanos na sede do DOPS é, de caráter, além de tudo, didático e educativo. A Liberdade tem que estar viva na sociedade, e o Drowned entende que a sociedade tem que estar em consciência disso”, disse o vocalista do Drowned, Fernando Lima.
Clássicos e nova geração
Além de tudo que representa, como um contexto, pela representatividade. De um movimento tão expressivo de identidade como o metal mineiro somando ao valor engajado do movimento social... outra perspectiva implícita que agrega valor ao evento é sua riqueza etnomusicográfica.
Resumido. É arte pracá!
As bandas começam a tocar às 17 horas. Vão tocar bandas da primeira geração do metal mineiro (Witchhamer, de 1986), da segunda geração (Drowned, 1994), uma das mais presentes bandas da cena mineira de heavy metal clássico (Hellway Train, 2010), e uma rara banda de metal composta por jovens e adolescentes (The Harpia, 2021)
Uma escalada sonora cronológica de metal extremo! Do thrash/death/black metal com Drowned e Witchhamer, ao heavy metal clássico do Hellway Train e The Harpia.
Bom show!
Serviço
Underground pela Resistência
Quando: Sábado, 2 de agosto de 2025, a partir das 15h
Onde: Prédio do antigo Dops (Memorial dos Direitos Humanos), Av. Afonso Pena, 2.351, Centro, Belo Horizonte, MG
Programação:
- 17h: The Harpia (heavy metal, 1982)
- 18h: Drowned (death/thrash metal, 1998)
- 19h: Hellway Train (hard rock/heavy metal, 2019)
- 20h: Witchhammer (thrash metal, 1986)
- Entrada: Gratuita, (Item de higiene/limpeza)
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