‘Abracadabra’: Lady Gaga faz clipe mais sexy da carreira com pop inebriante e catártico que te desafia a dançar ou morrer
Letra fala de estado de ‘transe’ e semiconsciência para evocar eclosão libertinária do jogo da vida na pista
“Dance ou morra”, ela anuncia, no início da experiência.
É com um corpo de baile em transe, cabeças reverberando ritmadas batidas potentes e corpos envoltos em látex num frenesi caótico que Lady Gaga crava seu retorno ao pop visceral nesta semana, na estreia do single Abracadabra. É retumbante.
O refrão pegajoso pode até parecer uma versão requintada de Born This Way. Mas não, não, não. É muito mais. Lá, Gaga estava nascendo, aqui, ela eclode em seu auge. Bem resolvida, corpo, voz, alma. O clipe todo inebria, mexe com os sentidos.
E os números do streaming são reflexo: entrou no top 10 do Spotify quase que instantaneamente, com 5 milhões de streamings em um único dia, tornando-se a maior estreia da carreira da cantora. No YouTube, foram 6 milhões de visualizações (1 milhão só minhas, rs). É a única artista estrangeira no top 50 Brasil.
Com isso, escanteou os bons resultados das recentes Disease e Die with a Smile, com Bruno Mars.
Abracadabra tem melodia detalhadamente estudada, experimentalismo nos acordes, potência vocal evidenciadíssima.
A letra fala de um estado de transe entre a vida e a morte para evocar uma eclosão libertinária e catártica que desafia o ouvinte a “dançar ou morrer” na pista. Era tudo o que a gente queria, Gaga!
Madura e visionária, nem precisou abrir mão de sua identidade desta vez _ e olha que eu gostei de Chromatica (ArtPop nem tanto) e até do flopado Harlequin.
Está ali tudo o que um fã da Mama Monster espera: pop perfeito para a suar a noite. O álbum novo sai depois de amanhã e o chão já está pegando fogo.
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