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Blog da Fabíola Reipert

Revista é criticada após matéria com Oruam em dia de coincidência trágica

Entrevista com o rapper foi publicada em 2 de junho, data que marca os 23 anos da morte de Tim Lopes, assassinado por ‘tio’ do artista

Fabíola Reipert|Fabíola ReipertOpens in new window

Oruam foi capa da revista britânica Dazed Reprodução/Instagram/@dazed

A revista britânica Dazed está no centro de uma polêmica após publicar, no dia 2 de junho, uma entrevista com o rapper Oruam. O problema? A data marca os 23 anos da morte do jornalista Tim Lopes, brutalmente assassinado enquanto investigava denúncias de exploração sexual de menores em bailes funk na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.

E a capa? Não poderia ser mais controversa: Oruam, filho de Marcinho VP — um dos líderes do Comando Vermelho — aparece com um busto de Elias Maluco tatuado no peito. Isso mesmo, Elias Maluco, o traficante que comandou a execução de Tim Lopes.

“Tim Lopes morreu em 2 de junho de 2002 e, em 2 de junho de 2025, a Dazed lança essa capa. Na capa? Oruam, filho de Marcinho VP, com o busto de Elias Maluco — o assassino de Tim — cravado na pele. Um escárnio”, disse uma internauta nas redes sociais.

Ela continuou: “A barbárie virou fetiche. Aplaudem o crime como se fosse arte. É a apologia ao crime virando estética internacional. Que vergonha”.


As críticas se multiplicaram. Uma das imagens do ensaio mostra Oruam segurando um fuzil adaptado com câmeras fotográficas — o que muita gente interpretou como uma referência direta à ferramenta de trabalho de Tim Lopes.

Oruam já chamou Elias Maluco de “tio” em entrevistas anteriores, o que só inflamou ainda mais a revolta. O crime cometido contra Tim foi de uma brutalidade impensável: ele foi torturado com cigarros, mutilado com uma espada de samurai enquanto ainda estava vivo e, por fim, teve o corpo queimado.


Além da homenagem tatuada, o contraste com a história do jornalista também acendeu um debate nas redes sociais. “O que o movimento negro se tornou? O Tim Lopes era jornalista. E era negro. Era, porque foi brutalmente assassinado enquanto fazia uma reportagem-denúncia sobre tráfico sexual em bailes funk”, lamentou outra pessoa.

O usuário completou: “O único registro absurdo é o Oruam ter qualquer mídia, enquanto o jornalista negro que morreu denunciando a exploração sexual de crianças é esquecido”, concluiu.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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