Era uma vez um país
De gente que ria à toa
Oh, que nação feliz
Onde a vida era boa
Numa terra assim tão linda
Com casas de baixo muro
A esperança tão bem-vinda
Tinha os olhos no futuro
O povo alegre e festeiro
Bailava de dia e de noite
Vinha gente do mundo inteiro
Fugir do martelo e da foice
Mas o povo tão distraído
Não percebeu a maldade
E seu país foi traído
Roubando-lhes a verdade
Prometendo mais alegria
E nunca mais haver dor
Fingindo muita empatia
Levantou-se um traidor
Depois deste muitos outros
Surgiram fazendo igual
O povo não muito douto
Pensou que fosse normal
Descuidaram-se demais
Vivendo de emoção
E em meio a tantos ais
Renderam-se ao circo e pão
Qualquer semelhança que haja
Com um certo país tropical
É melhor que não digas nada
Pois podes tu se dar mal
Incitando a divisão
Muitos caíram na teia
Havia tanto ladrão
Que até faltava cadeia
O que nos resta é lutar
Para abrir os olhos do povo
É preciso acordar
Para poder ser feliz de novo
Vou chegando aqui ao fim
Parando já neste verso
E que o país tupiniquim
Volte a ter ordem e progresso
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