Um fenômeno totalmente “inesperado” está acontecendo não só no Brasil, como em várias partes do mundo. Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), só em nosso país, 17% dos brasileiros deixaram de comer na pandemia. Mas como é que isso foi acontecer?
Como poderíamos prever que tanta gente passaria fome, se no começo do #fiqueemcasa (e tudo mais a gente vê depois), a mídia, as celebridades e diversos jornalistas postavam fotos diariamente mandando todo mundo se trancar em casa e fazer como eles: prepararem jantares gourmet, montarem tábuas de queijos e vinhos e fazerem festas familiares à beira da piscina?
Eles disseram que a nossa saúde era mais importante do que a economia, que não deveríamos ser “negacionistas” e que não era hora de pensar em dinheiro. Os famosos até criaram termos fofinhos como “quarentene-se” e usavam como legenda em fotos que exibiam cada “cantinho” de suas casas chiques. Então, como pode ser que as pessoas estejam passando fome só porque todo mundo resolveu obedecer e ficar dentro de casa sem trabalhar? Por que ninguém avisou sobre esse fenômeno antes? Por que?
Se bem que a Oxfam (Comitê de Oxford para Alívio da Fome) divulgou um documento em julho de 2020 – apenas alguns meses após o início do trancamento – dizendo que “mais pessoas morreriam de fome no mundo do que de Covid-19”. Eles também disseram que o Brasil, juntamente com a Índia e a África do Sul, estariam entre os prováveis epicentros da fome. Mas quem ligou para o que a Oxfam e várias outras instituições estavam prevendo quando era muito mais legal acompanhar a vida dos famosos em suas mansões?
O problema é que depois descobrimos que os tais famosos e jornalistas não estavam fazendo nada do que nos mandavam fazer... Puxa vida, quem diria? Agora eles não estão nem aí para quem não tem o que comer, fingindo que nunca disseram nada do que passaram meses esbravejando nas redes sociais, no rádio e na TV... Como poderíamos adivinhar que algo assim aconteceria? Como pode ser que tudo esteja saindo tão diferente do que eles prometeram? Não podemos aceitar isso, companheiros! Vamos reivindicar nossas tábuas de queijos e vinhos!