Um balanço sobre as eleições 2024 que é melhor nem ler
Filha de traficante entre mais votados, gente brindando derrota com champanhe e candidato que mal administra o próprio dinheiro
Melhor Não Ler|Do R7
Quem em sã consciência votaria em uma pessoa condenada pelo crime de organização criminosa por um Tribunal Regional Federal? Se a sua resposta é ninguém, errado você não está. Porém, o eleitor do município de Duque de Caxias (RJ) deu a Fernanda Costa – filha do traficante Fernandinho Beira-Mar –, o segundo mandato como vereadora.
Em 2021, ela assumiu a posição como primeira suplente, mas agora foi eleita entre os dez vereadores mais votados da cidade. Fernanda responde à condenação porque, segundo denúncia do Ministério Público, ela utilizaria códigos para transmitir mensagens aos cupinchas do pai por meio de cartas. Ela, obviamente, nega tudo. Seus eleitores, obviamente, acreditam mais nela do que no Ministério Público.
E a Joice Hasselmann que comemorou sua derrota com direito a taça de champanhe e tudo? Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ela anunciou sua “aposentadoria” após o fiasco nas urnas. Os 1.669 votos que recebeu em sua candidatura a vereadora de São Paulo não são nem sombra dos 1.078.666 que a elegeram como a deputada federal mais votada de 2018.
“Decidi, depois desse resultado, aposentar as chuteiras. Não saio mais candidata a nada”, afirmou a moçoila que também disse ter sido “a jornalista mais importante do país”. Só caberia uma pequenina correção, ainda que em um português um tanto tosco: não foi ela que se aposentou, foi o eleitor paulistano que aposentou ela.
E falando em eleitor paulistano, como compreender a mente de quem vota em um camarada de mais de 40 anos de idade que não sabe nem mesmo administrar o próprio dinheiro? Para quem alega ter um carro de R$ 15 mil e R$ 199.596,87 em um CDB, a pergunta é: o que ele fez com seus altos salários? Esse é Guilherme Boulos, conhecido como líder do MTST, que diz ter trabalhado como professor universitário por quase dez anos (embora haja controvérsias), é psicanalista e escritor e, desde 2022, deputado federal pelo PSOL. Façamos as contas:
Se um professor universitário tem um salário médio de R$ 13 mil por mês, segundo o Glassdoor, e um deputado federal recebe um salário médio superior a R$ 40 mil por mês, o que Boulos fez com os mais de R$ 2 milhões que recebeu apenas nessas duas funções? Quem não sabe administrar o próprio dinheiro teria competência para administrar o orçamento da maior cidade da América Latina? Nossa Senhora do Nome Sujo, olhai pelos paulistanos. Agora e na hora das eleições. Amém!
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