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Odair Braz Jr - Blogs

Nerdolas ignoram o sono e fazem de X-Men ’97 o melhor desenho animado de todos os tempos

Animação da Marvel é boa, mas os fãs já a transformaram no maior produto de arte do séculos 21

Odair Braz Jr|Odair Braz Jr.Opens in new window

A série animada X-Men ‘97 chacoalhou os fãs da Marvel nas últimas semanas e deixou todo mundo babando com sua qualidade e fidelidade aos quadrinhos.

O desenho dá continuidade, com dez episódios, ao seriado dos mutantes dos anos 90 e tudo foi feito seguindo a cartilha nerd: respeito máximo às HQs da época, sem mudança nos personagens, roteiros bem-feitos, enfim, design idêntico ao de 30 anos atrás. Em resumo, fan service total. Resultado: não tinha como dar errado. Ponto para a Marvel/Disney, claro.

Mas a nerdolândia, exagerada como ela só, deu um jeito de estragar um pouco a experiência de todo mundo. Os sujeitos simplesmente AMARAM, CAÍRAM DE PAIXÃO e consideraram X-Men ‘97 a melhor coisa já feita pela Disney desde o lançamento de Branca de Neve e os Sete Anões, em 1937.

E, vamos lá, o desenho animado dos mutantes é legalzinho mesmo. Traz grandes momentos inspirados nos roteiros para as HQs feitos por Chris Claremont, que transformou a vida dos personagens numa verdadeira novela (e não no sentido negativo). E o jeitão de folhetim é mantido aqui.


Além disso, a animação traz toda a discussão sobre ataque às minorias, racismo e preconceito, temas clássicos dos mutantes. Ótimo, muito bom mesmo e tudo se deve ao produtor Beau De Mayo, demitido misteriosamente dias antes da estreia de X-Men ‘97. Há ainda boas tramas paralelas.

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E aí é que entram algumas questões. A série se dedica a uma enormidade de temas e algumas delas vão ficando pelo caminho, como é o caso do interesse amoroso entre Wolverine e Jean Grey. Este é um tema caro pelos fãs, que certamente queriam ver mais detalhes na tela. Assim como este, há outros assuntos que acabam um pouco esquecidos.


Com tantos temas em discussão, X-Men ‘97, por vezes, deixa de lado a diversão e a ação e acelera fundo na verborragia. Não cronometrei, mas há alguns episódios que praticamente metade deve ser de mutantes falando sem parar por longos minutos. Chega a dar sono. O que era para ser muito divertido, vira uma chatice e a gente só torce para que acabe logo este trecho.

Mas nada disso parece ter importado muito para os nerdolas, que escaparam por um triz de uma combustão espontânea de felicidade com este produto. X-Men ‘97 é legal, mas não é essa maravilha toda que dizem merecer um Oscar, um Globo de Ouro ou um Kikito. Por outro lado, até dá para entender essa loucura toda, porque o nível dos filmes da Marvel anda tão baixo que qualquer coisa mais fielzinha às HQs vira arte pura.

Mas saiba, não é o caso aqui.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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